Regulamentação da produção de mel de abelha sem ferrão será discutida em Seminário

A regulamentação da criação de abelhas sem ferrão no Paraná e da comercialização do mel dessas espécies será discutida no IX Seminário Paranaense de Meliponicultura, que acontece em Campo Mourão (Centro-Oeste) nesta sexta-feira (20). Produtores, técnicos e membros da Câmara Técnica de Meliponicultura, criada pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, vão discutir propostas como a regulamentação da produção, beneficiamento e comercialização de mel das abelhas sem ferrão e demais produtos da meliponicultura.

Estão sendo esperados cerca de 200 produtores, de várias regiões do Estado, interessados em debater as medidas necessárias para a regulamentação. O objetivo do seminário é justamente resgatar e incentivar a criação dessas abelhas para preservação do meio ambiente.

No Paraná, atualmente, são cerca de 5 mil produtores de abelha sem ferrão, com uma produção em torno de 10 toneladas de mel por ano. É uma produção mais escassa em relação à produção das abelhas da espécie Apis, que é criada pelos apicultores.

A produção média da abelha Apis é de 25 quilos de mel por caixa por ano, enquanto o mel de abelha Jataí (sem ferrão) é de um quilo de mel por caixa/ano, explicou o técnico Humberto Bernardes Junior, secretário da Câmara Técnica de Meliponicultura.

MEDICINAL - As abelhas sem ferrão são oriundas de matas nativas e importantes polinizadoras, que potencializam a produção de alimentos, plantas e árvores e, ainda, podem dar retorno econômico com o mel. Como a produção é mais escassa, uma das discussões durante o seminário será a disponibilização de estruturas de beneficiamento do mel, conforme as regras da legislação sanitária vigente no País.

Segundo Bernardes, o mel de abelha Jataí é muito mais valorizado no mercado, devido às suas funções medicinais. Para se ter uma idéia, um quilo de mel de abelha Apis, mais disponível na natureza, é comercializado entre R$ 20,00 a R$ 25,00 o quilo. O quilo de mel Jataí alcança preços que variam entre R$ 60,00 e R$ 100,00 o quilo.

CAMINHOS - Atualmente, apenas três empresas no Paraná conseguiram a regulamentação da atividade para criar as abelhas e comercializar o mel. Duas empresas, de Prudentópolis e Ortigueira, obtiveram a regulamentação junto ao Ministério da Agricultura. E outra empresa, a Coopercriapa, de Antonina e Guaraqueçaba, conseguiu essa regulamentação junto à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Os caminhos para essa regulamentação e como deve ser feito o beneficiamento é que devem ser melhor discutidos durante o seminário. Um dos palestrantes, professor Rogério Marcos Alves, da Universidade Federal da Bahia, estará participando para falar do processo que foi trilhado naquele estado, que já regulamentou a criação das abelhas sem ferrão e a comercialização do mel.

Durante o seminário, haverá uma exposição de materiais, equipamentos e produtos da meliponicultura, degustação de mel e exposição de espécies de abelhas sem ferrão.

SERVIÇO:

Data: sexta-feira (20.11)

Horário – 9 horas

Local – Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Endereço – Via Rosalina Maria dos Santos, 1233 – Campo Mourão

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