Clima prejudica plantio das lavouras de trigo no RS
A alta umidade do ar e no solo comprometeu o avanço
do plantio das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul, durante esta
semana. Conforme informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar, a
semeadura passou de 42% para 68% da área prevista para esta safra. No
ano passado, nesta mesma época, também prejudicado pelo clima, o plantio
chegava a 65%.
A
perspectiva de redução da área semeada com o cereal na atual safra pode
ser constatada na medida em que avançam os trabalho a campo. Em alguns
municípios, a área plantada deve ficar abaixo até mesmo das estimativas
iniciais projetadas pela Emater/RS-Ascar. Na Região Sul, no município de
Jaguarão, por exemplo, serão cultivados apenas quatro mil hectares,
contra os seis mil estimados inicialmente.
Já
no Centro do Estado (entorno de Santa Maria), o trigo deverá ocupar uma
área 18,5% menor em relação à safra passada, podendo chegar a até 25%,
totalizando 75 mil hectares semeados na região. A diminuição da área
cultivada pode ser explicada pelo aumento dos custos de produção, pelos
baixos preços do produto e pelo risco de perdas nesta safra, tendo em
vista a previsão de altos volumes de chuva e temperaturas acima da
média, favorecendo a ocorrência de problemas fitossanitários.
O
desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório pelos técnicos
da Emater/RS-Ascar, havendo apenas pequenos focos de doenças. As áreas
implantadas no início do período recomendado estão sendo manejadas com
nitrogênio em cobertura, embora a umidade do solo tenha dificultado a
entrada de máquinas nas lavouras. A alta umidade tem favorecido o
aparecimento de doenças foliares, preocupando triticultores. A
utilização de fungicidas para o controle inicial das doenças, se
necessária, aumentará o custo da lavoura, podendo comprometer o
resultado líquido esperado.
Em
boa parte das principais regiões produtoras de trigo do Estado, o
período preferencial para a semeadura se encerrou, restando poucas zonas
ainda com tempo hábil para a realização do plantio.
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