Moradores da Zona Norte participam da primeira oficina do PMUS
Teve
início, no último sábado (4/7), a primeira etapa participativa do Plano
de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) do município, que irá orientar
os investimentos do setor por dez anos, a partir de 2016. O objetivo é
desenvolver propostas para o sistema viário e o de transportes,
permitindo que os deslocamentos de pessoas e bens ocorram de forma
sustentável, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e
ambiental da cidade. Os princípios fundamentais do PMUS são:
acessibilidade, segurança, eficiência, qualidade de vida, dinamismo
econômico, ação integrada, inclusão social, meio ambiente e democracia. O
plano visa integrar modais motorizados e não motorizados em um sistema
coeso, priorizando o transporte público, o deslocamento a pé e por
bicicleta e considerando emissões de gases de efeito estufa.
- Estamos estimulando a participação presencial da sociedade, porque acreditamos que essa é a melhor maneira de promover o debate, discutir os problemas e pensar as melhores soluções para as demandas apresentadas. A mobilidade não depende apenas das ações técnicas, por isso, ouvir a sociedade é fundamental - disse o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.
O encontro, realizado na Nave do Conhecimento instalada no Parque Madureira, reuniu representes da sociedade civil organizada da Área de Planejamento 3, que abrange bairros da Zona Norte. Diretor de Urbanismo da Associação de Moradores do Méier (Amme), Lauro Sodré destacou um dos pontos que considerou mais importante no debate:
- Na questão da mobilidade, acreditamos que um dos maiores problemas seja o atendimento à terceira idade. É preciso facilitar a vida de quem anda a pé.
A conexão transversal entre os bairros foi outro tema que entrou na análise. Representante do movimento Quero Metrô, o estudante de Engenharia de Materiais da UFRJ Rodrigo Sampaio listou exemplos que considera emblemáticos, como a deficiência de microatendimento:
- Não há ligação direta entre Méier e Bonsucesso. Na maior parte dos casos, os ônibus vão de um determinado bairro para o Centro. Dessa forma, preciso usar essa linha, para o Centro, que tem um itinerário muito maior e enfrenta mais trânsito, porque ela é a única que passa pelo bairro onde preciso chegar. Para acabar com esse problema, é fundamental ter linhas que liguem os bairros entre si.
Participante assíduo do Desafio Ágora, o arquiteto e urbanista Rafael Furtado sugeriu mais estudos sobre as demandas e gerenciamento eficaz dessas informações.
- É preciso conhecer bem as demandas para propor soluções eficientes para cada área da cidade. Não basta definir apenas o modal, se é melhor ter ônibus, metrô, trem ou van. Pensar em soluções requer informações precisas, bem gerenciadas e de fácil acesso à população, só assim será possível compreender qual serviço é o mais adequado.
O PMUS está sendo elaborado tendo como base o banco de dados do Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana (PDTU), finalizado em 2013, que traz informações como população, matrículas escolares e locais de empregos. A partir delas será possível identificar quais trajetos estarão saturados com o aumento da população, a partir de 2016, e por isso deverão ser prioritários para a implantação da infraestrutura de transporte de alta capacidade.
Os cariocas também podem participar da elaboração do plano por meio do site do PMUS. O registro das sugestões pode ser feito através do Mapeando, um mapa colaborativo em que o morador pode cadastrar demandas por ações ou serviços públicos, como a criação de novas rotas para BRTs, ciclovias e sugestões que indiquem as áreas em que a passagem de automóveis não é recomendada.
Além da plataforma digital do PMUS e dos encontros presenciais, as propostas finais enviadas ao Desafio Ágora Rio, projeto do o Laboratório de Participação da Prefeitura (Lab.Rio), responsável pelo Mapeando, serão incorporadas ao plano.
- Depois de julho de 2013, a mobilidade virou um dos temas mais badalados na cidade. Isso despertou o olhar de quem sofria com o problema, e fez com que essas pessoas passassem a debater a questão e apresentar propostas em busca de soluções. A participação presencial, além de dar mais legitimidade ao plano, dá mais motivação ao debate - avalia Bernardo Ainbinder, coordenador de projetos do Lab.Rio.
O gerente de Mobilidade da Coordenadoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Transportes, Antônio Carlos Veloso, ressaltou que até o fim do ano será elaborado um documento com as principais propostas para os cenários de 2021 e 2026 (com diferentes graus de investimentos)
Todas as medidas propostas pelo PMUS estarão de acordo com o Plano Diretor da Cidade (Lei Complementar 111/11), da Política Municipal de Mudanças Climáticas (Lei 5.248/11) e da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 2.587/12).
Participaram da oficina representantes da SMTR, Sub-prefeituras locais, Rio Como Vamos, Lab.Rio, Associação de Moradores de Méier, Movimento Quero Metrô, Lions Clube, Observatório de Favelas, IBDD, Coordenadoria da Juventude Carioca. A próxima oficina participativa será realizada no próximo dia 25/7, no Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova.
- Estamos estimulando a participação presencial da sociedade, porque acreditamos que essa é a melhor maneira de promover o debate, discutir os problemas e pensar as melhores soluções para as demandas apresentadas. A mobilidade não depende apenas das ações técnicas, por isso, ouvir a sociedade é fundamental - disse o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.
O encontro, realizado na Nave do Conhecimento instalada no Parque Madureira, reuniu representes da sociedade civil organizada da Área de Planejamento 3, que abrange bairros da Zona Norte. Diretor de Urbanismo da Associação de Moradores do Méier (Amme), Lauro Sodré destacou um dos pontos que considerou mais importante no debate:
- Na questão da mobilidade, acreditamos que um dos maiores problemas seja o atendimento à terceira idade. É preciso facilitar a vida de quem anda a pé.
A conexão transversal entre os bairros foi outro tema que entrou na análise. Representante do movimento Quero Metrô, o estudante de Engenharia de Materiais da UFRJ Rodrigo Sampaio listou exemplos que considera emblemáticos, como a deficiência de microatendimento:
- Não há ligação direta entre Méier e Bonsucesso. Na maior parte dos casos, os ônibus vão de um determinado bairro para o Centro. Dessa forma, preciso usar essa linha, para o Centro, que tem um itinerário muito maior e enfrenta mais trânsito, porque ela é a única que passa pelo bairro onde preciso chegar. Para acabar com esse problema, é fundamental ter linhas que liguem os bairros entre si.
Participante assíduo do Desafio Ágora, o arquiteto e urbanista Rafael Furtado sugeriu mais estudos sobre as demandas e gerenciamento eficaz dessas informações.
- É preciso conhecer bem as demandas para propor soluções eficientes para cada área da cidade. Não basta definir apenas o modal, se é melhor ter ônibus, metrô, trem ou van. Pensar em soluções requer informações precisas, bem gerenciadas e de fácil acesso à população, só assim será possível compreender qual serviço é o mais adequado.
O PMUS está sendo elaborado tendo como base o banco de dados do Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana (PDTU), finalizado em 2013, que traz informações como população, matrículas escolares e locais de empregos. A partir delas será possível identificar quais trajetos estarão saturados com o aumento da população, a partir de 2016, e por isso deverão ser prioritários para a implantação da infraestrutura de transporte de alta capacidade.
Os cariocas também podem participar da elaboração do plano por meio do site do PMUS. O registro das sugestões pode ser feito através do Mapeando, um mapa colaborativo em que o morador pode cadastrar demandas por ações ou serviços públicos, como a criação de novas rotas para BRTs, ciclovias e sugestões que indiquem as áreas em que a passagem de automóveis não é recomendada.
Além da plataforma digital do PMUS e dos encontros presenciais, as propostas finais enviadas ao Desafio Ágora Rio, projeto do o Laboratório de Participação da Prefeitura (Lab.Rio), responsável pelo Mapeando, serão incorporadas ao plano.
- Depois de julho de 2013, a mobilidade virou um dos temas mais badalados na cidade. Isso despertou o olhar de quem sofria com o problema, e fez com que essas pessoas passassem a debater a questão e apresentar propostas em busca de soluções. A participação presencial, além de dar mais legitimidade ao plano, dá mais motivação ao debate - avalia Bernardo Ainbinder, coordenador de projetos do Lab.Rio.
O gerente de Mobilidade da Coordenadoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Transportes, Antônio Carlos Veloso, ressaltou que até o fim do ano será elaborado um documento com as principais propostas para os cenários de 2021 e 2026 (com diferentes graus de investimentos)
Todas as medidas propostas pelo PMUS estarão de acordo com o Plano Diretor da Cidade (Lei Complementar 111/11), da Política Municipal de Mudanças Climáticas (Lei 5.248/11) e da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 2.587/12).
Participaram da oficina representantes da SMTR, Sub-prefeituras locais, Rio Como Vamos, Lab.Rio, Associação de Moradores de Méier, Movimento Quero Metrô, Lions Clube, Observatório de Favelas, IBDD, Coordenadoria da Juventude Carioca. A próxima oficina participativa será realizada no próximo dia 25/7, no Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova.
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