Brasil tem desafio de escoar produção pelo Norte, diz ministra a empresários japoneses 
Em viagem oficial a Tóquio, a ministra Kátia Abreu 
afirmou que o Brasil tem o desafio de escoar a produção agropecuária 
pela Região Norte. Ela apresentou o potencial de investimento em obras 
de infraestrutura no país durante seminário com empresários japoneses na
 Confederação das Indústrias do Japão – Keidanren.
“O
 grande objetivo é escoarmos nossa produção pelos portos do Norte do 
país para chegar mais facilmente à Ásia e a Rotterdam. Cinquenta e seis 
por cento de toda a soja e milho do país já é produzida acima do 
paralelo 16, no chamado Arco Norte. Mas hoje, infelizmente, toda essa 
produção tem que ir de caminhão até os portos de Santos [SP] ou de 
Paranaguá ([R]”, disse Kátia Abreu para cerca de 40 empresários 
japoneses.
“Nosso 
principal desafio é fazer o oposto: escoar nossos grãos pelos portos do 
Norte, como os de Belém, de Itaqui e de Vila do Conde, o que também vai 
ajudar a descongestionar o Sul e Sudeste. Temos trabalhado fortemente 
para mudar essa realidade”, completou.
Kátia
 Abreu destacou o lançamento do Programa de Investimento em Logística, 
lançado no mês passado pelo governo federal. O plano prevê investimento 
de R$ 198,4 bilhões para modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e 
portos.
De acordo com a ministra, o Brasil está “de portas abertas” para que empresas do Japão participem do programa de concessões. 
Matopiba
A
 ministra ainda destacou as oportunidades de investimento no Matopiba 
(região formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O 
governo brasileiro tem interesse em firmar parcerias com a Agência 
Internacional de Cooperação do Japão (JICA) para o desenvolvimento do 
local.
“O Matopiba é a 
última fronteira agrícola em expansão no mundo. Enquanto no Brasil a 
produção de grãos cresce 5% por ano, o Matopiba registra 18%”, observou.
O
 presidente do Sub-Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, Takao 
Omae, elogiou o programa de logística brasileiro e destacou os 120 anos 
de cooperação entre ambos os países.
“A
 indústria japonesa continua mantendo grande interesse na economia do 
Brasil e gostaria de contar com estreita relação de cooperação”, disse o
 empresário.
Priscilla Mendes
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