Sinfônica ao Meio-dia / Sinfônica em Concerto

Com a solista convidada, Valéria zanini, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais interpreta composições de Chopin e Dvořák

SINFÔNICA AO MEIO-DIA
Local: Grande Teatro Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Data: 18 de agosto de 2015
Horário: 12h
Entrada gratuita

SINFÔNICA EM CONERTO
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Data: 19 de agosto de 2015
Horário: 20h30
Entrada: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)

Informações para o público: (31) 3236-7400


Os pilares do Romantismo Europeu do século XIX vão ditar o ritmo das apresentações da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais nas séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto de agosto. Os concertos contam com a participação inédita da pianista convidada, Valéria Zanini, que mora há 40 anos na Dinamarca e volta a se apresentar pelo país após três anos de ausência dos palcos brasileiros. Sob regência do primeiro trompista e regente Sérgio Gomes, a OSMG executa Concerto para Piano 2 em menor, de Frédéric Chopin; e Sinfonia . 9 em Mi menor, de Antonín Leopold Dvořák.  

Radicada na Dinamarca desde 1974, Valéria Zanini é goiana e se formou no Rio de Janeiro e no Chile, entre outros lugares, tendo cursado, também, o Conservatório Real da Dinamarca e sido premiada com a bolsa Rainha Ingrid, que a levou à especialização em técnica pianística em Roma. Atualmente, é reconhecida na Dinamarca pela introdução da música brasileira para as plateias europeias. Por seu trabalho de divulgação da música nacional, foi condecorada com a Ordem do Rio Branco, homenagem concedida pelo Governo do Brasil.

Sobre o programa:
O programa das apresentações tem início com Concerto para Piano Nº 2, do polonês Chopin. Em toda sua carreira, Chopin compôs apenas dois concertos para piano, e o Concerto Nº 2 em Fá menor é datado de 1830, quando ele concluíra sua educação formal, aos 20 anos de idade. Das características mais marcantes da obra, destacam-se a variação dos três movimentos da peça, que começam com notas que enfatizam a Era Romântica da música clássica e, ao longo da evolução da melodia, apresentam sutis toques de danças polonesas.

A peça foi escolhida por Valéria Zanini para sua primeira apresentação ao lado da OSMG. A pianista explica que Chopin é uma das suas principais referências musicais e, por isso, tem enorme satisfação em poder mergulhar no universo do compositor. Quando ainda morava em Anápolis, Goiás, ela ouviu Chopin pela primeira vez. “Eu tinha oito anos e, a partir daquele momento, descobri que aquilo era o que queria fazer da minha vida, ser pianista e tocar Chopin”.

Nesses 40 anos na Dinamarca, Valéria mantém uma relação pessoal com a obra de Chopin. Para ela, a oportunidade de tocar um de seus compositores favoritos ao lado da OSMG é um momento único na carreira. “Eu me sinto honrada em poder retornar ao Brasil e ser solista convidada de uma das maiores orquestras do país. Eu vejo a vida cultural em constante expansão aqui no Brasil e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais tem feito um belo trabalho para divulgar a música clássica e conquistar mais pessoas”, destaca a pianista.

Inspirações americanas – Sinfonia Nº 9 em Mi Menor, de Dvořák, é a mais famosa composição do checo, e foi escrita no fim do século XIX, durante uma viagem que o compositor fez aos Estados Unidos. Encantado com as belezas naturais do país e, principalmente, com a musicalidade da região, Dvořák decidiu traduzir em música tudo o que já tinha visto por lá. Por isso, a composição passou a ser conhecida como Sinfonia do Novo Mundo. Outra característica marcante da obra, é que carrega um pouco da saudade que Dvořák sentia de casa nos quatro movimentos que compõem a sinfonia.

Segundo o maestro Sérgio Gomes, Dvořák buscou referências temáticas em diversos estilos musicais norte-americanos para estruturar a sinfonia. “A efervescência cultural dos Estados Unidos despertou a criatividade de Dvořák, e a mistura de admiração e saudades deu uma beleza ímpar à peça. Quando ele tomou conhecimento dos ritmos, melodias e do ambiente sonoro das canções dos negros americanos das plantações do sul e dos negro spirituals, conseguiu criar a sinfonia mais importante da carreira”, explica o maestro.

Mais uma vez, a escolha da peça é fruto de uma relação pessoal. O maestro Sérgio Gomes optou por finalizar o programa das séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto com uma obra que tem um significado particular para ele. Sinfonia Nº. 9 em Mi menor foi a primeira peça que ele executou em uma orquestra profissional, em meados da década de 1970. “Quando fiz audição para a Orquestra Sinfônica de Campinas, essa era a peça que fazia parte da seleção. Depois, já no ensaio, também tocamos Dvořák. Para mim, é uma forma de revisitar o passado quando escuto essa sinfonia”, finaliza Sérgio Gomes.

Novas séries dos Corpos Artísticos:

Sinfônica ao Meio-Dia – Com o slogan Um cardápio musical para você, o projeto tem o objetivo de contemplar as pessoas que trabalham ou estudam no hipercentro de BH, e até mesmo os transeuntes que passam pela região, oferecendo um programa gratuito ou a preços populares, que inclui grandes nomes da música nacional e internacional.

Sinfônica em Concerto – A série Sinfônica em Concerto levará a OSMG ao Grande Teatro do Palácio das Artes interpretando grandes nomes da música em concerto a preços populares. A apresentação acontecerá pelo menos uma vez ao mês. Professores da rede regular de ensino e também de cursos livres de arte, terão ingressos gratuitos disponibilizados pelo projeto Bravo, Professor!.

Segundo Cláudia Malta, Diretora Artística da FCS, trata-se de mais uma iniciativa que pretende aproximar o público da programação apresentada pelos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Sempre aprimorando a excelência de sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre - tanto na capital quanto no interior de Minas Gerais. O corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado executa um repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, e grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Seus regentes titulares ao longo de sua história foram: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Alyton Escobar, Emilio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Koldziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais, pela Lei nº 20628.

Sérgio Gomes – Graduado em trompa pela UFMG em  1997, nasceu no estado do Rio de Janeiro e aos 10 anos iniciou seus estudos musicais  com seu pai o maestro Sebastião Gomes, e de trompa aos 11 anos na Escola de Musica de Brasília com o professor Raimundo Martins. Em 1977 passou a integrar como primeiro trompista a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas atuando também como solista. Em 1981, foi convidado a participar da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais como primeiro trompista e solista da referida instituição. Participou como musico convidado da maioria das orquestras sinfônicas brasileiras. No ano de 2000 foi convidado para a primeira turnê internacional da OSESP sob a regência dos maestros John Neschling e Roberto Minczuk. Em 2011 atuou como convidado na Orquestra Sinfônica Del Sodré Montevidéu, sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá. Foi professor do Centro de Formação Artística da Fundação Clovis Salgado e professor da Escola de Musica de Universidade do Estado de Minas Gerais. Atuou como regente e assistente dos seguintes regentes titulares da OSMG: HolgerKolodziej 1998, Marcelo Ramos em 2006 e 2014 e Roberto Tibiriçá em 2012.

Esteve a frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais na Série Sinfônica no Museu, Concertos Educativos, Concertos no Parque, Concerto na Cidade, Sinfonia ao Meio Dia e Sinfônica em Concerto. Atualmente, Sergio é primeiro trompista solista e regente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Valéria Zanini – Goiana, da cidade de Anápolis, iniciou seus estudos no Conservatório de Música da Universidade Federal de Goiás. Em 1971, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde cursou a Escola Nacional de Música. Continuou seus estudos no Chile e, desde 1974, está radicada na Dinamarca, e tendo estudado no Conservatório Real. Foi solista em várias orquestras sinfônicas na Dinamarca e realizou recitais nas mais importantes salas de concerto. Em 1978, foi premiada com a bolsa Rainha Ingrid, que a levou à especialização em ‘Técnica pianística’, em Roma. No Brasil, foi solista com a Orquestra Sinfônica de Campinas e com a Orquestra Jovem de Santo André, além de participar de concertos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Apresentou-se em festivais de música clássica em Minas Gerais e Goiás. Foi solista com a Orquestra Sinfônica de Peru, participou de recitais em Portugal, Montenegro, Karlsbad e Pilsen (República Tcheca), Belgrado (Sérvia), Ohrid (Macedônia), Malmö (Suécia) e mais recentemente em Nova Iorque (Estados Unidos). É conhecida na Dinamarca pela introdução da música brasileira para as plateias daquele país, com inúmeras gravações na rádio dinamarquesa e apresentações em TV. Foi agraciada com a condecoração “Ordem de Rio Branco” pelo trabalho de divulgação da música clássica brasileira no exterior. Possui cinco CDs gravados, sendo um deles só com composições de Villa-Lobos e, o último, com obras de Luís de Freitas Branco e Francisco Mignone.

Sobre os compositores:

Antonín Leopold Dvořák (1841-1904) Compositor checo da Era Romântica, Dvořák destacou-se por incorporar características da música popular a suas composições. Considerado o compositor mais versátil de sua época e expoente que conjugou o idioma nacional com a tradição sinfônica, integrou influências populares nas diversas óperas, músicas de câmara, concertos e outras peças orquestrais que compôs.

Frédéric Chopin (1810-1849) Compositor polonês radicado na França, é conhecido como um dos mais importantes pianistas da história. Com técnica refinada e elaboração harmônica, Chopin inovou com diferentes formas musicais. Suas obras são consideradas um dos principais pilares do romantismo na música erudita do século XIX.


PROGRAMA

Concerto para Piano Nº 2
Frédéric Chopin
Maestoso
Larguetto
Allegro vivace

Solista: Valéria Zanini

Intervalo (15min)

Sinfonia Nº. 9 em Mi menor
Antonín Leopold Dvořák
(Sinfonia do Novo Mundo)
Adagio, Allegro Molto
Largo
Scherzo: Molto vivace
Allegro confuoco

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