Simulado de incêndio em escola na CIC atrai atenção da comunidade



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Alarme de incêndio, sirenes tocando. O Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal foram chamados para prestar atendimento, as crianças e os servidores de uma escola pública municipal se organizaram para abandonar o prédio com a maior segurança e no menor tempo possível. E conseguiram. Esse foi mais um simulado para saber como agir em caso de incêndio, realizado em escola pública da cidade pelo programa “Defesa Civil na Educação – Conhecer Para Prevenir”, parceria entre as secretarias municipais de Defesa Social e Educação.
O exercício de prevenção na Escola Municipal Dom Bosco, na Cidade Industrial de Curitiba, na manhã desta quinta-feira (15) contou com o apoio da Administração Regional da CIC e foi mais uma atividade que a Prefeitura de Curitiba promoveu para conscientização e resiliência em alusão à Semana Nacional de Redução de Desastres, cuja programação se estenderá até o final do mês de outubro.
Uma plateia de pais, moradores e comerciantes da região se juntou na frente da escola para acompanhar a movimentação dos estudantes, das equipes da brigada de incêndio e das forças da defesa civil e dos bombeiros que simularam o socorro no local. O chefe da Guarda Municipal na Regional CIC, inspetor Carlos Celso dos Santos Júnior, explica por que é tão importante realizar atividades preventivas como essa e preparar as pessoas ao alcance dos serviços públicos municipais para saberem o que fazer para diminuir os riscos e os impactos dos acidentes e de situações emergenciais no ambiente escolar ou mesmo em casa. “A escola é por excelência um espaço para educar e prevenir. Todo esforço que fizermos no sentido da prevenção e de evitar situações adversas, diminui o ônus para a sociedade nas ações de combate e de socorro. São lições que as crianças levam para casa e para a vida inteira. Elas vão estar preparadas e vão multiplicar esses conhecimentos”, disse o inspetor Celso.
O 2º tenente Janderson Lopes, do 3º Subgrupamento de Bombeiros de Curitiba, que atende as regionais do Bairro Novo e CIC, informou que a participação deles no simulado pode conferir mais realismo ao exercício educativo e de interação. Ele disse ainda que essas atividades geram maior conscientização nas pessoas e ajudam o professor em sala de aula a abordar assuntos relacionados à redução de desastres. Os bombeiros demonstraram às crianças o uso dos equipamentos de segurança, de combate ao incêndio e para distribuir uma cartilha informativa e ilustrada para crianças de 6 a 10 anos sobre o uso e as noções de segurança com relação à instalação do gás de cozinha. “Traz detalhes que são importantes e que podem evitar acidentes mesmo dentro de casa”, completou a soldado Jociane Ritzmann, auxiliar da BM/8, que é a seção da Defesa Civil estadual. Foi Ritzmann quem demonstrou o esguicho com a mangueira de incêndio na escola.
Pioneirismo
A Escola Municipal Dom Bosco foi uma das primeiras do município a implantar o programa Defesa Civil na Educação – Conhecer Para Prevenir (CPP) e realiza dois simulados anualmente para capacitar seus 690 estudantes e 65 profissionais. A diretora Marizete Kasiorowski Kolinski conta que os exercícios de prevenção ajudam bastante e, como resultado, tem percebido que os alunos saem da sala com mais cuidado, mais disciplina e sem correria. “Eles começam a trazer essas lições de prevenção para o dia a dia”, disse. “As mães comentam sempre que os filhos levam para casa conhecimentos sobre os cuidados com a parte elétrica, com manuseio do fogão a gás, entre outras situações”, informou.
Durante o exercício, a escola, guardas municipais e os agentes da Defesa Civil do Município montaram uma sala de aula no pátio para demonstrar à plateia de pais e moradores do bairro os conhecimentos que as crianças recebem para saber como agir também sobre outras possíveis situações emergenciais além do incêndio (abandonar o prédio e sair rapidamente em ordem e cuidadosamente), como ataque de enxame de abelhas (abaixar-se), vendaval (abrigar-se sob as carteiras) e tiroteio (deitar no chão).
Eduardo Fabrício Ramos, de 7 anos, e Maria Eduarda Calizario, de 9, participaram de um simulado de incêndio na escola pela primeira vez e fizeram o papel de vítimas socorridas e encaminhadas para a unidade móvel de pronto atendimento. “Achei legal a vinda dos guardas e dos bombeiros e aprendi que se acontecer algum incêndio onde eu estiver, devo seguir as orientações deles e sair em segurança do local”, disse Maria Eduarda. Na plateia, Irene Raimunda Pereira, mãe de uma aluna do 5º ano da escola, aprovou a iniciativa. “A gente espera que não aconteça, mas, numa emergência a que a gente fique exposta, as crianças já sabem o que fazer”, avaliou a mãe.
A presidente da Comissão Gestora do Conhecer Para Prevenir na Secretaria Municipal de Educação, Maria Cristina Brandalize, e o coordenador técnico da Defesa Civil de Curitiba, inspetor João Batista dos Santos, aprovaram o exercício e os trabalhos de preparação feitos na escola. “Cumpriu a meta. As crianças preparadas hoje serão adultos conscientes no futuro e sabem identificar em qualquer situação real, das mais simples às mais perigosas, que podem contar com os profissionais socorristas”, disse o inspetor João Batista. “Esse é um programa em favor da vida e da autoproteção. Uma semente plantada, que renderá bons frutos. A combinação dos esforços e a boa execução das tarefas pelos envolvidos resultou em uma demonstração bem-sucedida”, disse Maria Cristina. No final da atividade, todos prestaram homenagem aos professores.
Cinco servidores da Prefeitura de Campo Largo, entre profissionais da Educação e da Defesa Civil local, acompanharam o simulado do CPP hoje na CIC. Eles pretendem adotar o modelo de Curitiba no município vizinho.
Resiliência
Na Regional CIC, o Conhecer Para Prevenir está implantado em todas as 24 escolas municipais e, até o final deste ano, deverá também estar em funcionamento nos 40 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Na abrangência da Regional é desenvolvido ainda sob a orientação técnica e capacitação da Defesa Civil de Curitiba e do Corpo de Bombeiros o Plano de Auxílio Mútuo (PAM CIC), com a participação de 22 empresas que se unem para atuar em situações emergenciais. “Todos esses programas conferem mais segurança para a população porque agilizam o socorro e a resposta eficiente da própria comunidade antes mesmo da chegada das equipes que prestam o atendimento”, disse a coordenadora técnica da Administração Regional, Carla Volpi. “Se tem vítimas, sabem como imobilizar e, da parte das empresas, o treinamento constante permite suprir as demandas operacionais e também a realização dos procedimentos corretos para diminuir as consequências dos incidentes”, completou.

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