Biotecnologia na agricultura é tema de evento promovido pela Fapesp

Em parceria com Instituto do Legislativo Paulista (ILP), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, realizou Ciclo ILP-Fapesp em 22 de outubro, que abordou o tema “Biotecnologia na Agricultura”.
Coordenada por Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fapesp, a iniciativa reuniu especialistas de diversas instituições paulistas, que abordaram a importância do Brasil como potência agrícola e os desafios para o setor. “O futuro do planeta está ligado à produção mais sustentável de alimentos para uma população que cresce. Não dá para usar toda a área disponível de terra”, avalia o professor Paulo Arruda, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O docente da Unicamp destacou, ainda, a eficiência na produção agrícola depende do manejo e da pesquisa em genética. “É necessário preservar as florestas para termos água e um planeta minimamente habitável. Precisamos ampliar em 60% a produção por unidade de área”, completa.
Investimentos
Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fapesp, comentou a respeito de um estudo promissor publicada recentemente no livro “Contribuição da Fapesp ao desenvolvimento da agricultura no Estado de São Paulo”.
“Na ocasião, o trabalho liderado por pesquisadores da USP indicou que, que para cada R$ 1 investido em pesquisa e desenvolvimento, educação superior e extensão rural, há um retorno de R$ 12 para a economia paulista em crescimento”, revela o gestor.
De acordo com o estudo, em relação aos investimentos da Fapesp, o levantamento indicou que os recursos destinados a bolsas, projetos de pesquisa e infraestrutura produziram um retorno de R$ 27 para cada R$ 1 aplicado, desempenho só superado pelas universidades públicas que formam mão de obra especializada para a agricultura (R$ 30 de retorno para cada R$ 1 gasto).
Manejo
De acordo com pesquisadores, técnicas de manejo integrado podem ser feitas a partir do uso de agrotóxicos e outras práticas para combater pragas. “A medida que chama mais atenção são os produtos químicos. Eles causam, se aplicados de forma descontrolada, problemas como intoxicação, além de resíduos em alimentos, água e solo”, salienta o professor José Roberto Postali Parra, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
Com apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), a Promip Manejo Integrado de Pragas trabalha com o controle biológico e tem portfólio de sete agentes do tipo, entre eles, o primeiro ácaro predador com registro no Brasil. A companhia possui uma biofábrica para a produção de insetos e microrganismos que atuam como agentes biológicos contra pragas em plantações.
“Frequentemente, o agricultor acredita que o controle biológico não funciona, por não estar habituado ao uso de químicos. Com o tempo, alteramos essa crença e mostramos bons resultados”, explica Marcelo Poletti, integrante da empresa Promip.

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