Samuzinho fez média anual de trotes cair de 132 mil para 60 mil

Foto: Cristine Rochol/PMPA
Em 2015, o projeto alcançou 2,5 mil crianças e 650 adultos Em 2015, o projeto alcançou 2,5 mil crianças e 650 adultos
Foto: Cristine Rochol/PMPA
São feitos exercícios práticos de primeiros socorros com bonecos São feitos exercícios práticos de primeiros socorros com bonecos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Porto Alegre) é uma das atividades mais intensas da saúde pública na capital gaúcha. Nas 13 bases espalhadas pela cidade, assim como na central, o trabalho nunca para. As equipes de socorristas ficam de prontidão 24h, prontos para atender vítimas de acidentes, de violências e as mais variadas situações clínicas de emergência. Correndo sempre contra o tempo, os socorristas muitas vezes fazem a diferença entre a vida e a morte para quem precisa desse serviço.

Mas o Samu tem outra ação que muita gente não vê. É o Projeto Samuzinho, uma atividade de conscientização desenvolvida pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do órgão. O projeto foi criado em 2013 para levar à população, especialmente aos mais jovens, noções sobre como utilizar adequadamente o Samu, de prevenção a acidentes e primeiros socorros.

Um dos grandes problemas que o Samu historicamente enfrenta é a quantidade de trotes nas chamadas. Eles congestionam a central de atendimento e ainda atrasam as equipes em trânsito nas conturbadas ruas de Porto Alegre. Chamadas falsas podem colocar em risco a vida de pessoas que aguardam atendimento e não podem esperar muito tempo pelo socorro.

A maior parte das ligações falsas é feita por crianças, em horários que coincidem com o intervalo das aulas. Por isso, o Samuzinho atua diretamente nas escolas. A equipe do projeto reúne alunos e professores e explica o impacto negativo dessa situação. Mostram como o serviço deve ser utilizado, e a forma como os chamados devem ser feitos. As conversas são sempre em tom lúdico, levando a crianças e adolescentes os conceitos de valorização da vida, que depois são multiplicados em casa. Nas atividades, há também exercícios práticos de primeiros socorros, como reanimação cardio-respiratória feita em bonecos especiais e muitas outras orientações para prevenir acidentes domésticos e nas ruas. Além dos socorristas do projeto, integram a equipe os “samuzinhos”, crianças (filhos de servidores do órgão) que, vestidos com os macacões iguais aos dos socorristas, participam das atividades de conscientização.

Em 2015, o Projeto Samuzinho alcançou 2,5 mil crianças e 650 adultos em dezenas de escolas da Capital. Os resultados são animadores: desde a criação do projeto, a média anual de trotes caiu de 132 mil para 60 mil. O sucesso da iniciativa fez as escolas disputarem espaço na agenda do projeto. Tanto que o calendário é fechado praticamente na metade do ano.

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