PF combate fraudes previdenciárias com prejuízos estimados em quase R$ 2 mi
Salvador/BA - A
Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério da Previdência Social
– MPS e o Ministério Público Federal – MPF, deflagrou na manhã de hoje
(27) a Operação Pacioli*, com o objetivo de apurar fraudes
previdenciárias pela inserção de vínculos laborais fictícios, tendo sido
utilizadas cerca de 106 empresas para a composição do tempo de
contribuição para aproximadamente 1.050 trabalhadores irregularmente
inseridos.
A operação ocorre nos municípios
baianos de Porto Seguro, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Porto Seguro,
Itabela, Prado e na capital de Vila Velha no Espírito Santo.
Foram cumpridos 27 mandados de busca e
apreensão e 16 mandados de prisão preventiva, bem como apreendidos nos
endereços dos investigados veículos e documentos.
A Operação Pacioli é resultado de uma
investigação que identificou 17 prestadores de serviços contábeis que
estavam transmitindo informações falsas ao Cadastro Nacional de
Informações Sociais - CNIS, por meio de Guia de Recolhimento do FGTS e
Informações Previdenciárias- GFIP´s e posteriormente formulando
requerimentos de benefícios previdenciários fraudulentos.
Os prestadores de serviços contábeis
atuavam desde 2006 e grande parte das empresas utilizadas na fraude
encontravam-se inativas e os seus responsáveis legais desconheciam as
fraudes que vinham sendo praticadas pelos investigados.
O prejuízo inicialmente identificado
até o ano de 2012, em 210 benefícios avaliados, aproxima-se R$ 2
milhões. Os investigados possivelmente também teriam utilizado os
vínculos fictícios para obtenção de prestações de Seguro-Desemprego
indevidas, cujos valores ainda serão levantados.
Os responsáveis poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade material e estelionato qualificado.
A Operação contou com a participação de 130 policiais federais e 30 servidores da Previdência Social.
Foram concedidos pela Justiça Federal
de Teixeira de Freitas/BA diversas medidas cautelares, tais como
bloqueio dos pagamentos e suspensão dos benefícios ativos, suspensão do
certificado digital, suspensão da atividade econômica dos investigados e
bloqueio de bens e valores.
*O nome da operação é uma referência a
Luca Bartolomeo de Pacioli, um monge franciscano e célebre matemático
italiano, sendo considerado o pai da contabilidade moderna.
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