OAB defende maior participação das mulheres na política
São Paulo (SP) – A presidente da Comissão nacional da Mulher
Advogada, Fernanda Marinela de Sousa Santos, representou a OAB Nacional,
nesta quinta-feira (26/3), no evento “Mais mulheres na política”,
ocorrido na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp).
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também participaram do evento, que contou ainda com a presença do presidente da Fiesp, Paulo Skaf e da senadora Marta Suplicy.
Confira o discurso de Fernanda Marinela:
Esse é um momento especial para nossa pátria. Venho falar aqui em nome de muitas mulheres e de 850 mil advogados. Vivemos momentos difíceis, mas para nos mulheres que vivemos dificuldades sempre, para nós que temos sempre o desafio da felicidade, e vivemos de forma criativa cada momento e fazemos dos nossos sonhos realidade com aquilo que temos e podemos, essa é a hora de supera-las e resolver os problemas. Não podemos ter medo da vida nem fazer o que fizemos antes.
O desafio de hoje é dar respostas diferentes para problemas velhos e históricos. Vivemos um momento inédito e é preciso encontrar caminhos para enfrentar os problemas. Algumas mulheres atingiram o poder, seja no Brasil ou em outros países, mas isso não significa que o preconceito deixou de existir. Ele é constante. E assim sofremos muita discriminação, que significa sofrimento para nós. Nós somente queremos participar juntos, com os homens, do comando deste país.
Ter as mesmas oportunidades em condições iguais. É preciso deixar claro que não queremos ser donas do mundo, tê-lo para nós mesmas. Queremos sim tê-lo em conjunto. A história das mulheres é também a história da família, das crianças e dos homens. É a história da nação. Fica aqui uma pergunta: como compreender, se nós hoje já representamos 52% do eleitorado nacional, e não temos direito de decidir. Não podemos escolher. Como compreender essa realidade?
Essa é a hora. A reforma política é o momento que as mulheres precisam ditar também a regra. Reforma que propõe 50%, que não vai resolver nosso problema, coeficiente eleitoral não soluciona nossa história. Precisamos aqui de vagas, de espaço efetivo. Alguém poderia questionar: será que vivemos um problema de capacidade das mulheres? É claro que o problema não é de capacidade. O problema é do sistema, de estrutura partidária.
Nós já pagamos a metade da conta deste país. Nada mais justo que ocupemos a metade da mesa. Mas uma vez eu lembro que não queremos a mesa toda, mas se quiserem dar a gente aceita. Não queremos mudar do Brasil, mas mudar o Brasil. É por isso que estamos aqui. É verdade que cada uma de nós sozinha consegue muito pouco, mas é importante é que cada uma faça o seu pouquinho, a sua parte, e que todas nós juntas vamos conseguir um desenho diferente para nossa pátria.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também participaram do evento, que contou ainda com a presença do presidente da Fiesp, Paulo Skaf e da senadora Marta Suplicy.
Confira o discurso de Fernanda Marinela:
Esse é um momento especial para nossa pátria. Venho falar aqui em nome de muitas mulheres e de 850 mil advogados. Vivemos momentos difíceis, mas para nos mulheres que vivemos dificuldades sempre, para nós que temos sempre o desafio da felicidade, e vivemos de forma criativa cada momento e fazemos dos nossos sonhos realidade com aquilo que temos e podemos, essa é a hora de supera-las e resolver os problemas. Não podemos ter medo da vida nem fazer o que fizemos antes.
O desafio de hoje é dar respostas diferentes para problemas velhos e históricos. Vivemos um momento inédito e é preciso encontrar caminhos para enfrentar os problemas. Algumas mulheres atingiram o poder, seja no Brasil ou em outros países, mas isso não significa que o preconceito deixou de existir. Ele é constante. E assim sofremos muita discriminação, que significa sofrimento para nós. Nós somente queremos participar juntos, com os homens, do comando deste país.
Ter as mesmas oportunidades em condições iguais. É preciso deixar claro que não queremos ser donas do mundo, tê-lo para nós mesmas. Queremos sim tê-lo em conjunto. A história das mulheres é também a história da família, das crianças e dos homens. É a história da nação. Fica aqui uma pergunta: como compreender, se nós hoje já representamos 52% do eleitorado nacional, e não temos direito de decidir. Não podemos escolher. Como compreender essa realidade?
Essa é a hora. A reforma política é o momento que as mulheres precisam ditar também a regra. Reforma que propõe 50%, que não vai resolver nosso problema, coeficiente eleitoral não soluciona nossa história. Precisamos aqui de vagas, de espaço efetivo. Alguém poderia questionar: será que vivemos um problema de capacidade das mulheres? É claro que o problema não é de capacidade. O problema é do sistema, de estrutura partidária.
Nós já pagamos a metade da conta deste país. Nada mais justo que ocupemos a metade da mesa. Mas uma vez eu lembro que não queremos a mesa toda, mas se quiserem dar a gente aceita. Não queremos mudar do Brasil, mas mudar o Brasil. É por isso que estamos aqui. É verdade que cada uma de nós sozinha consegue muito pouco, mas é importante é que cada uma faça o seu pouquinho, a sua parte, e que todas nós juntas vamos conseguir um desenho diferente para nossa pátria.
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