Saúde participa do Movimento Outubro Rosa com bons índices e ações de prevenção
A Secretaria de Estado da 
Saúde (SES) adere ao Movimento Outubro Rosa este ano com dados positivos
 de diminuição do tempo de espera para realização de mamografia em 
mulheres com idade a partir dos 40 anos. Além disso, o Centro de 
Pesquisas Oncológicas (Cepon) tem o menor tempo comparado com o restante
 do país para o início do tratamento com radioterapia. O paciente leva, 
em média, dez dias para começar o tratamento. A média nacional é de 100 
dias.
Com o slogan “Outubro Rosa, um mês para ser
 lembrado o ano inteiro”, a SES, em parceria com os municípios, realiza 
ações voltadas ao diagnóstico precoce do câncer de mama e a prevenção do
 câncer do colo do útero. No dia 1º de outubro, a secretária de Estado 
da Saúde, Tânia Eberhardt, entregará bottons da campanha aos 
funcionários da SES, dando início à programação em todo o Estado. A 
madrinha do Outubro Rosa deste ano, a jornalista Luiza Gutierrez, e as 
representantes da Associação da Mulher Catarinense portadora de Câncer 
também entregarão broches aos servidores da Saúde, nessa quarta, 1º.
A secretária explica que o Estado ampliará 
ainda mais o diagnóstico precoce e o tratamento para as mulheres com 
neoplasia de mama e colo uterino dentro da rede pública de saúde. 
“Estamos trabalhando em conjunto com os municípios para garantir maior 
acesso do público feminino ao diagnóstico e prevenção desses tumores não
 só no mês de outubro, mas no ano inteiro”, ressalta a secretária.
SC realiza mamografias em mulheres com 
idade entre 40 e 69 anos, diferente do que recomenda o Ministério da 
Saúde (a partir dos 50 anos), contribuindo para uma maior resolutividade
 no diagnóstico precoce do câncer de mama. Em 2011, foram realizadas 
quase 210 mil mamografias. Em 2012, esse número cresceu para 227,6 mil. E
 em 2013, foram feitos 238 mil exames.
O aumento no número de mamografias 
contribuiu para a diminuição do tempo de espera. Em todo o Estado, as 
mulheres aguardam menos de um mês para fazer o exame. Apenas na região 
de Blumenau há pacientes que esperam pouco mais de um mês pela 
mamografia.
Radioterapia é referência no país
O Cepon também está fazendo a sua parte com
 procedimentos de cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e 
quimioterapia. Com a implantação do terceiro turno para os tratamentos 
com radioterapia, em fevereiro deste ano, a instituição reduziu o número
 de pacientes na fila de espera e também o prazo para o início desse 
tipo de procedimento, que passou de 70 para 10 dias, superando a média 
nacional, que é de 100 dias.
Câncer de Mama
Neste ano, em Santa Catarina, estima-se que
 sejam diagnosticados 6.730 novos casos novos de câncer em mulheres, 
excluídos os de pele não melanoma. A taxa de incidência é de 208,6 casos
 para cada 100 mil mulheres. Em 1º lugar está o câncer de mama, com 57,4
 casos para cada 100 mil mulheres, segundo os dados do Instituto 
Nacional do Câncer (INCA) de 2014.
Em 2012, o câncer de mama foi o tumor com 
maior taxa de mortalidade, com 15,3 óbitos por 100 mil mulheres, entre 
os tipos de tumores que atingiram as mulheres catarinenses, de acordo 
com a pesquisa do DATASUS de 2014.
As ações de diagnóstico precoce do câncer 
de mama incluem exame clínico das mamas anualmente, a partir dos 40 
anos, e também a realização de mamografias por rastreamento, que é o 
exame solicitado para mulheres da população-alvo (com idade entre 50 e 
69 anos) sem sinais e sintomas de câncer de mama, como orienta o 
Ministério da Saúde. Em SC, a mamografia para rastreamento é feita a 
partir dos 40 anos. Para as mulheres de grupos populacionais 
considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar
 de câncer de mama em parentes de primeiro grau), recomenda-se o exame 
clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos.
Sinais de Alerta
De maneira resumida, cinco alterações devem chamar a atenção da mulher:
• Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas;
• Mudança no contorno das mamas (retração, abaulamento);
• Desconforto ou dor em uma única mama que seja persistente;
• Mudanças no mamilo (retração e desvio);
• Secreção espontânea pelo mamilo, principalmente se for unilateral.
Câncer do Colo Uterino
Até o final de 2014, no Brasil, são 
esperados 15.590 casos novos de câncer do colo do útero. No país, é o 
terceiro tipo de câncer em incidência, e o quinto  mais freqüente na 
Região no Sul, com 16 casos para cada 100 mil mulheres.
O exame do colo do útero (Papanicolau) é, 
até o momento, o mais efetivo para o diagnóstico das lesões precursoras,
 sendo utilizado internacionalmente no rastreamento deste câncer. De 
acordo com a estratégia do MS, ele é oferecido às mulheres de 25 a 64 
anos de idade que já iniciaram a vida sexual.  No Estado, existem 
1.724.935 mulheres pertencentes a esse grupo.
Neste ano, o MS implementou mais uma ação 
para a prevenção do câncer do colo do útero, a vacina contra o 
Papilomavírus Humano (HPV).  Agora, toda menina de nove a 13 anos tem 
direito à vacina tetravalente, que protege contra dois principais tipos 
oncogênicos de HPV (16 e 18). Com exceção do câncer de pele, esse tumor é
 o que apresenta maior potencial de prevenção e cura, quando 
diagnosticado precocemente. 
Tratamentos do câncer de mama e do colo uterino no Cepon
O Cepon tem ampla cobertura no tratamento 
do câncer de mama. A unidade realiza cerca de 15 cirurgias por semana. 
Para complementar o tratamento cirúrgico, é utilizada a hormonioterapia 
(com tamoxifeno ou anastrozol) ou a quimioterapia.
De acordo com a diretora do Cepon, Maria 
Tereza Schoeler, há também experimentos de última geração para a 
radioterapia pós-operatória, indicada em alguns casos. Além disso, o 
Centro Oncológico realiza terapia-alvo com transtuzumabe em pacientes 
com HER2 positivo, forma agressiva de câncer de mama.
Em média, o tempo de duração do tratamento 
do câncer de mama é de quatro a seis meses. Mas há casos em que pode 
durar anos. “No Cepon, 70% das mulheres que receberam tratamento para o 
câncer de mama estão vivas, o que é um número excelente comparado com 
países desenvolvidos, como Inglaterra e Canadá”, explica Maria Tereza.
Em relação ao câncer de colo uterino, o 
Cepon trata com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. As pacientes têm
 acesso à melhor tecnologia na radioterapia, por meio do planejamento 
conformado e da braquiterapia de alta taxa de dose. Isto possibilitou um
 tratamento mais eficaz e com menos toxicidade.
No entanto, a arma mais importante no 
combate ao câncer de colo uterino é a prevenção. O exame Papanicolau 
está disponível na rede básica de saúde e por meio da Rede Feminina de 
Combate ao Câncer.
Tratamento descentralizado
Outra unidade pública estadual que se 
destaca no atendimento das pessoas com câncer é o Hospital Tereza Ramos,
 em Lages.  A unidade é referência em radioterapia e quimioterapia para 
aproximadamente 800 mil habitantes das regiões do Meio-Oeste e Alto Vale
 catarinense. A Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
 (Unacon) de Lages, que funciona no Tereza Ramos, é a porta de entrada 
para atendimentos oncológicos, realizando também triagem para consultas 
ambulatoriais. Além das cirurgias oncológicas, os medicamentos são 
desenvolvidos pelos próprios farmacêuticos do hospital.
Mutirão de Cirurgias Eletivas Femininas
Lançado em 8 de março desse ano, pela 
Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Mutirão de Cirurgias Eletivas 
Femininas realizou 1.744 intervenções procedimentos. Esse número 
representa um aumento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado,
 quando esses procedimentos faziam parte do pacote de cirurgias eletivas
 gerais. Para realizar as cirurgias já foi investido R$ 1,6 milhão.
O volume maior foi de cirurgias de útero, 
trompas e ovários, com 1.356 intervenções entre os meses de abril e 
julho deste ano. A meta da SES é realizar 4,5 mil cirurgias anuais. Até o
 momento, 41 unidades hospitalares em todo o Estado assinaram o termo de
 adesão ao programa para realizar 96 diferentes cirurgias. Os hospitais 
que participam do mutirão recebem um incentivo de R$ 500 por 
procedimento - R$ 100  a mais do que é pago no mutirão geral.
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