Casa da Mulher Brasileira começa a ser construída em dez dias


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As obras de construção da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba serão iniciadas no próximo dia 10 de outubro e deverão estar concluídas dentro de seis meses, de acordo com o diretor da Construtora Gonçalez Nova, Vagner Gonçalez, empresa vencedora da licitação. A ordem de serviço para a construção, feita pelo gestor dos recursos, Banco do Brasil, foi assinada na manhã desta terça-feira (30) no terreno da futura unidade, que fica na Avenida Paraná, no bairro Cabral.
As negociações do terreno, as definições dos projetos e das diretrizes de funcionamento da casa vêm sendo feitas desde março de 2013, por meio da Secretaria Municipal da Mulher (gestora da Casa) e a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM).
Serão investidos, em todo o país (26 capitais e Distrito Federal) R$ 116 milhões para a construção das casas, previstas para ficarem prontas até o final de 2015. Para a obra de Curitiba serão aplicados R$ 7,3 milhões em uma área construída de 3.118 m².
A assinatura da ordem de serviço foi acompanhada pela secretária da Mulher, Roseli Isidoro, pelo diretor do Programa Mulher Viver Sem Violência, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Marcelo Pontes, pelo arquiteto do Banco do Brasil Fabio Alencar e pela arquiteta contratada do Banco do Brasil para acompanhar o projeto junto à Prefeitura, Beatriz Becker.
Também estiveram presentes a delegada da Mulher, Daniela Andrade, a coordenadora das delegacias da Mulher do Paraná, delegada Eunice Bonome, a assessora de direitos humanos da Secretaria de Estado da Justiça, Louise Rocha, e Bruna Monteiro da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) do Tribunal de Justiça do Paraná.
A expectativa da Secretária da Mulher, Roseli Isidoro, é de em seis meses inaugurar a Casa da Mulher Brasileira já com todos os serviços dos parceiros envolvidos no projeto. “Queremos começar o quanto antes o nosso trabalho de atendimento às mulheres de Curitiba em situação de violência”, disse.
Hoje, em regra, a mulher vítima de violência procura por delegacias, hospitais e o Ligue 180. E, a partir daí, começa a busca por uma série de direitos que podem levar muito tempo e até mesmo custar-lhe a vida. “Nosso objetivo é evitar que a vítima da violência se perca no caminho do acesso aos serviços públicos. É preciso reunir esses serviços num só lugar e foi pensando nisso que surgiu o Programa Mulher Viver sem Violência. E a Casa da Mulher Brasileira faz parte de uma das etapas do programa como um modelo arrojado de prestação de serviço para, efetivamente, fazer frente ao problema”, disse ela.
O espaço vai abrigar a Delegacia da Mulher, núcleos do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Ministério Público Estadual, e da Defensoria Pública. Contará com profissionais da área de psicologia, assistência social e da educação dos quadros da Prefeitura de Curitiba e ainda com uma equipe para orientação na área de emprego, geração de renda, empreendedorismo e acesso ao microcrédito. A estrutura física terá ainda brinquedoteca e espaço de convivência para as mulheres.
De acordo com avaliação de Marcelo Pontes, diretor do Programa Mulher Viver Sem Violência, a casa terá capacidade para atender em torno de 4 mil mulheres por mês.

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