Bombeiros ensinam procedimentos de emergência em conjunto habitacional


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Moradores do conjunto Residencial Imbuia II, no Santa Cândida, participaram de uma atividade desenvolvida pelo Corpo de Bombeiros, neste final de semana, com objetivo de prevenir acidentes e de como proceder em situações de emergência. A ação faz parte do trabalho de pós-ocupação realizado pelo serviço social da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e está ocorrendo nos empreendimentos Aroeira e Imbuia – entregues em julho para inscritos na fila da Cohab e moradores transferidos de áreas de risco.
Segundo o sargento Slomuszynski, do Corpo de Bombeiros, a primeira atitude a ser tomada em caso de emergência é ligar para o órgão responsável em atendê-la, por isso é importante saber para quem ligar de acordo com cada ocorrência. “É preciso conhecimento de qual órgão é o mais indicado para cada situação. Isso agiliza o atendimento e o ganho de tempo é fundamental em emergências”, explica.
Em casos de mal-estar relacionado à saúde, a ligação deve ser para o telefone 192, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. “Em casos clínicos como dores no peito que podem ser sintomas de problemas no coração, desmaio, hemorragias, convulsões e intoxicação o órgão a ser chamado é o Samu”, diz Slomuszynski. Já o Siate, telefone193, deve ser acionado quando acontecem traumas e ferimentos. “Aqui podemos incluir acidentes de trânsito com feridos, vítimas de arma branca ou de fogo, quedas com fraturas, ataques de animais e choques elétricos graves”, completa.
Procedimentos
Após ligar para o órgão responsável, é necessário agir até a chegada do socorro. Na palestra dos bombeiros, os moradores aprenderam alguns procedimentos a serem tomados em determinadas situações como engasgamento, crises convulsivas e queimaduras. Os presentes puderam sanar suas dúvidas em relação às diferentes situações.
A moradora do Residencial Imbuia II, Lucilene de Bastos Assis, destacou a importância destes conhecimentos ao recordar uma situação que viveu há 12 anos. “Meu filho tinha 15 dias e acabou se engasgando com refluxo depois de mamar. Quando eu vi, ele estava todo roxo sem conseguir respirar. Em pânico fiquei sem saber o que fazer. No desespero levei ele pra minha vizinha e se não fosse por ela, que conhecia os procedimentos, hoje ele não estaria entre nós”, conta.
O correto nestas situações é virar o bebê de barriga para baixo e bater levemente nas costas para desobstruir as vias respiratórias. No caso de queimaduras, mitos como o de passar pasta de dente ou pó de café foram desmentidos. O melhor é somente colocar água fria para refrescar. Nas crises convulsivas o certo é afastar os móveis e cuidar para a pessoa não bater a cabeça.
Incêndio
Na ocorrência de incêndios a primeira ação deve ser, segundo o sargento, desligar a chave geral da energia elétrica. “Isso evita que os estragos tomem proporções ainda maiores. O ideal, no caso de um condomínio é dividir as tarefas. Enquanto um liga para os Bombeiros, outro desliga a energia. É importante não entrar em desespero”, afirma.
Os presentes aprenderam a diferença entre os dois tipos de extintores existentes no conjunto. O de água não deve ser usado em cima de nada que envolva parte elétrica, como geladeiras, motores, fiação, pelo risco de causar um curto-circuito. Nessas situações usa-se o de pó químico. Em seguida os moradores presenciaram uma demonstração de como utilizar a mangueira contra incêndios.
O síndico do condomínio de 80 apartamentos, Alexsandro Vieira da Rosa, de 34 anos, participou da palestra e disse que pretende montar uma brigada de incêndio no conjunto. “Ações como esta são muito importantes para levar mais conhecimento aos moradores. Eu, como já fui brigadista, sei da relevância e por isso quero montar uma brigada aqui, com pelo menos dois responsáveis em cada um dos cinco blocos de apartamentos. Nada vale mais do que a segurança das famílias”, diz

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