No Guairão, Folclorize resgata as origens e o respeito à tradição

om o apoio da Fundação Cultural de Curitiba, o Folclorize (Festival Folclórico de Etnias) celebrou por 12 noites no palco do Teatro Guaíra, o resgate das origens e tradições dos povos que fazem parte da história curitibana e do Paraná. Na noite desta quinta-feira (12/7), o Wisla, Grupo Folclórico Polonês do Paraná encerrou as apresentações da 57ª edição do evento.
“O Folclorize é um festival de muita importância para a Cultura, pois possibilita que o público mergulhe nas tradições e na identidade cultural formadora do povo paranaense", disse a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro. Ela também fez um agradecimento às entidades parceiras Associação Interétnica do Paraná (Aintepar) e Universidade Livre da Cultura (Unicultura) na viabilização de mais esta edição do festival. "É gratificante a Fundação Cultural ser parceira desse evento por meio do fomento da Lei de Incentivo à Cultura”.
O objetivo do festival é conduzir o público a um caminho de autoconhecimento a partir do contato com a origem, a história e a cultura de seus antepassados. Desde 2017, o Festival adotou o tema “Folclorize”, convidando o público a entrar em contato e valorizar as muitas tradições que compõem a cultura paranaense, respeitando e celebrando suas diferenças.
História
Quando teve início, o Festival era um evento mais amador e com forte caráter de exaltação da pátria de origem dos imigrantes. Naquela época, quem fazia o Festival eram os primeiros imigrantes ou seus filhos e a manifestação de suas origens era natural, por conta da saída recente de sua Terra natal, que gerava a necessidade de conexão e identificação com seus pares.
Em 1959, em sua segunda edição, o Festival já chamava a atenção da população e também da administração pública. Tanto que, naquele ano, o Governo do Estado o colocou no calendário oficial. Icônico, o evento também fez parte do roteiro de reinauguração do Teatro Guaíra, depois do incêndio de 1970. Na década de 80, o Governo do Paraná passou a considerar o Festival um evento permanente, de obrigatória realização.
O Festival de Etnias do Paraná, apesar de não ser realizado por artistas profissionais, trabalha para manter o nível técnico de suas apresentações. Fundada em 1974, a Aintepar dedica-se para manter unidade entre os grupos folclóricos, a partir de conjunto de regras para a garantia da qualidade das apresentações. A associação também estabeleceu que todas as agremiações devem ter um estatuto e seguir um cronograma de ensaios, além do compromisso em participar das apresentações públicas promovidas pela Associação.
Visando à continuidade do trabalho há obrigatoriamente de espaço para crianças nos grupos, que já com quatro ou cinco anos de idade começam a ensaiar e participar de espetáculos. O processo de preparo de um folclorista leva em média dez anos e muitos dos integrantes  dedicam boa parte de suas vidas à preservação da cultura de seus antepassados.
Participações
Participaram do Festival de Etnias do Paraná as seguintes entidades: Grupo Folclórico Piccola Itália; Folclore Grego Neoléa Paraná; Folclore Israelita do Paraná; Grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro Santa Felicidade; Folclore Ucraniano Barvinok; Grupo Folclórico Ucraniano Poltava; Grupo Folclórico do Centro Espanhol do Paraná; Grupo Folclórico Holandês de Castrolanda; Grupo Folclórico Italiano Anima Dantis; Grupo Folclórico Germânico Alte Heimat; Grupo Junak Folclore Polonês; Centro de Tradições Brasileiras Querência Santa Mônica; Grupo Folclórico Germânico Original Einigkeit Tanzgruppe; Grupo Folclórico Nipo-Brasileiro Nikkei e no encerramento, Wisla – Grupo Folclórico Polonês do Paraná.
Realização
O evento é produzido pela Unicultura (Universidade Livre da Cultura) e realizado por meio de incentivo. O Festival é viabilizado por parceria entre a Associação Interétnica do Paraná (Aintepar) e a Trento Edições Culturais e conta com o fomento da Fundação Cultural de Curitiba. O Festival conta ainda com apoio do Centro Cultural Teatro Guaíra, Shopping Itália, Sesc Fecomércio e Corpo Consular do Paraná.

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