Senado resgata lustres que iluminavam Palácio Monroe
O Senado acaba de descobrir 20 lustres feitos de ferro, latão e cristal que iluminavam os salões do Palácio Monroe, no Rio de Janeiro, a sede da Casa entre 1925 e 1960.
Os lustres estavam guardados em grandes caixas de 
madeira que permaneceram lacradas durante quase 40 anos — desde que o 
Palácio Monroe foi demolido, em 1976 — dentro de um depósito do Senado, 
em Brasília.
— Quando abrimos as caixas, descobrimos uma realidade maravilhosa — afirma o coordenador do Museu do Senado, Alan Silva.
São lustres no estilo rococó, repletos de ornamentos e detalhes — bem fiéis às linhas aristocráticas do velho Palácio Monroe.
Eles, porém, ainda não mostram todo o seu 
esplendor. Com o tempo, parte das peças de metal enferrujou. Dos 
cristais, alguns estão trincados ou quebrados. Antes de serem montados, 
os lustres vão passar por restauração.
Quando a capital foi transferida para Brasília, em 
1960, o Palácio Monroe passou a funcionar como representação do Senado 
no Rio. Praticamente todo o mobiliário do antigo Senado ficou no Monroe 
porque destoaria do estilo modernista do Congresso, desenhado por Oscar 
Niemeyer.
Com a demolição do Monroe, em 1976, uma parte do 
mobiliário foi vendida. Outra parte foi remetida para Brasília. Os 
assentos de madeira maciça que os senadores ocupavam no Plenário, por 
exemplo, estão hoje em exibição no Museu do Senado.
Quando chegaram a Brasília, as caixas que continham
 os lustres acabaram sendo desprezadas e esquecidas. Toda a atenção foi 
dada às que trouxeram escrivaninhas e cadeiras, que teriam utilidade 
para senadores e funcionários. Não era o caso dos lustres rococós.
A decisão de abrir as caixas somente agora tem a 
ver com as comemorações dos 190 anos do Parlamento brasileiro, que 
ocorrerão no ano que vem. A ideia do Museu do Senado é organizar uma 
grande exposição com peças históricas de várias épocas — incluindo os 
lustres do Monroe — capazes de contar a história da instituição.
— Não podemos deixar a memória do Senado desaparecer — diz o coordenador do museu.
O Senado nasceu em 1826. A sede durante todo o 
Império e o início da República foi o Palácio Conde dos Arcos, no centro
 do Rio. Depois, mudou-se para o Palácio Monroe, também no centro. O 
prédio atual, em Brasília, é a terceira sede.
                                
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