Lei Geral das Agências Reguladoras é aprovada pela CCJ
A
 Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou, nesta 
quarta-feira (30), o projeto da Lei Geral das Agências Reguladoras (PLS) 52/2013.
 A proposta, que faz parte da Agenda Brasil, estabelece regras relativas
 à gestão, organização e mecanismos de controle social das agências 
reguladoras federais e promove ainda ajustes nas leis específicas de 
criação de cada uma delas.
Do senador Eunício
 de Oliveira (PMDB-CE), a proposta reproduz, em grande medida, o 
conteúdo do Projeto de Lei 3.337/2004, que tinha objetivo de aumentar o 
controle das agências reguladoras pelos ministérios a que são 
vinculadas. O projeto foi arquivado a pedido da presidente da República,
 Dilma Rousseff, em 2013, após quase 10 anos sendo analisado pelos 
deputados.
Criadas para 
fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa 
privada, as agências reguladoras, além de controlar a qualidade na 
prestação do serviço, estabelecem regras para o setor.
O texto contém um 
dispositivo para que as agências custeiem o acompanhamento de matérias 
em tramitação pelos órgãos de defesa do consumidor por meio da 
contratação de especialistas e pagamento de despesas.
A proposta exige a
 apresentação anual de uma prestação de contas ao Congresso por parte 
das agências e a celebração dos chamados contratos de gestão, que devem 
conter metas, mecanismos, fontes de custeio e resultados das ações 
regulatórias e fiscalizatórias das autarquias. O projeto também prevê 
uma série de dispositivos para vincular a atuação das agências 
reguladoras aos órgãos de defesa da concorrência.
O PLS 52/2013 estabelece ainda mandato máximo de quatro anos para os dirigentes, admitida uma única recondução.
Mudanças
O relator na CCJ, 
senador Walter Pinheiro (PT-BA), promoveu uma série de mudanças no 
projeto. Segundo Pinheiro, a proposta tem objetivo de afastar uma das 
principais distorções no modelo vigente, “que é o exercício de 
competências de governo pelas agências reguladoras, como a absorção da 
atividade de formulação de políticas públicas e do poder de outorgar e 
conceder serviços públicos”.
Uma das emendas 
apresentadas pelo senador estabelece que os presidentes das agências 
compareçam, anualmente, ao Congresso para prestar contas da atuação das 
agências em seus respectivos mercados regulados. Para o senador, a 
proposta vai aperfeiçoar a ação regulatória.
“O modelo de 
agências é necessário para o bom funcionamento da maior parte dos 
setores encarregados da provisão de serviços públicos. Ou seja, não cabe
 questionar a relevância do papel das agências reguladoras como 
instrumento de regulação desses setores”, apontou Pinheiro.
O PLS 52/2013 
segue, agora, para votação final na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
 Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
Agência Senado
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