Ministério da Justiça indica até dia 30 áreas para solucionar conflito fundiário em MS 
O Ministério da Justiça vai indicar até dia 30 de 
setembro as áreas que deverão entrar em negociação visando a solução do 
conflito fundiário indígena em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito 
pelo assessor especial do Ministério, Flávio Chiarelli de Azevedo, em 
reunião na Governadoria.
Depois
 de se reunir com representantes dos Terenas pela manhã, o assessor se 
mostrou otimista em relação ao encaminhamento que está sendo dado à 
proposta de criação de uma mesa de negociações para compra de áreas, 
apresentada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em sua vinda
 ao Estado, no último dia 2. A indicação se deve à dificuldade de ambas 
as partes, indígenas e produtores, em apontar as áreas prioritárias para
 a análise da mesa de negociação. “Percebemos uma grande disposição do 
Governo Estadual para resolver o problema”, afirmou.
A
 reunião teve a participação do Secretário de Estado de Justiça e 
Segurança Pública, Silvio Cesar Maluf; do Secretário de Estado de 
Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel;do chefe do Centro de 
Operações do CMO –Comando Militar do Oeste, general Carlos Sérgio Câmara
 Sau; e do Presidente da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária 
de MS, Maurício Saito, além da representante da AGU - Advocacia Geral da
 União, Adriana Rocha, de delegados da Polícia Federal e representantes 
da Funai – Fundação Nacional do Índio.
O
 presidente da Famasul considera a mesa de negociação uma ação que pode 
ser efetiva na busca de uma solução pacífica para os litígios de terra 
no Estado, mas observa que a decisão de negociar as propriedades é 
individual, de cada um dos produtores envolvidos. “Estamos aqui 
atendendo convite do Governo Federal porque como Federação vamos estar 
presentes em toda e qualquer iniciativa com o propósito de encontrar 
solução para o problema das invasões. Precisamos resolver esta questão e
 conter as invasões de propriedade, as quais alimentam o ciclo de 
violência que vivemos no campo atualmente”, avaliou.
Atualmente,
 95 propriedades rurais estão invadidas por indígenas em Mato Grosso do 
Sul. Cinco delas em Antônio João, mais recente foco de conflito do 
Estado, onde a segurança está sendo mantida pela Força Nacional e pelo 
Exército. Na reunião, o general Sau avaliou que o clima é de normalidade
 na região, mas uma tranquilidade que depende das forças de segurança. 
“É uma pacificação garantida pelo efetivo”, afirmou.
Comentários
Postar um comentário