Aprosoja pleiteia incentivo para etanol de milho em Mato Grosso
A viabilidade da fabricação de etanol de milho em
Mato Grosso vem sendo discutida em encontros promovidos pela Associação
dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) pelo interior
do estado. Na segunda (21/9) e terça (22/9), os municípios de Sorriso e
Campo Novo do Parecis receberam o evento, Rondonópolis sedia o Encontro
Etanol de Milho na próxima sexta (2/10).
De
acordo com o conselheiro consultivo da Aprosoja, Glauber Silveira, para
impulsionar a produção de etanol de milho em Mato Grosso, a associação
levou ao governo do Estado a sugestão de criação de um incentivo
especial para o etanol. “Atualmente, para cada real investido pelo
produtor, há o prejuízo de R$ 0,64. Com o incentivo, haveria um lucro de
até R$ 5,14. Além disso, o governo do Estado arrecadaria cerca de R$
440 milhões”, explica Silveira.
Mato
Grosso tem potencial para utilizar 10 milhões de toneladas de milho
para a produção de etanol, mas atualmente apenas 220 mil toneladas são
utilizadas para produzir 88 mil litros de combustível. “Hoje, o
faturamento bruto com milho é de R$ 2,7 bilhões. Com a transformação do
grão em etanol, DDG, cogeração de energia, entre outros, este valor
subiria para R$ 14 bilhões. Pense em quanto de imposto isso geraria para
o Estado”, analisa Glauber.
O
diretor da Aprosoja acredita que há demanda para o etanol de milho,
pois são produzidos no Estado um bilhão de litros do combustível -
metade é consumida internamente, a outra é exportada. “O contraditório é
que em Mato Grosso se consome um bilhão de litros de gasolina porque há
instabilidade na produção do etanol. Com maior produção e incentivo ao
consumo deste combustível, o mercado absorveria a produção”, afirma.
Além
da fabricação de etanol, os produtores que investirem em usinas flex ou
full poderão também produzir DDG (subproduto utilizado para ração
animal) e cogeração de energia, além de plantio de eucaliptos para
alimentar as usinas. “Estamos levando uma oportunidade para o produtor
rural de Mato Grosso, incentivando a agregação de valor e a
receptividade é muito boa nas reuniões”, finaliza Silveira.
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