Restrição à venda de sinalizador náutico é aprovada pela CCJ
A 
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, em decisão 
terminativa, nesta quarta-feira (30), projeto de lei do Senado (PLS 74/2013)
 que proíbe a venda de sinalizador náutico para menores de 18 anos; 
obriga a identificação do comprador e exige o credenciamento da loja que
 comercializa o produto. A proposta recebeu parecer favorável do 
relator, senador Blairo Maggi (PR-MT).
O ex-senador Vital do
 Rêgo (PMDB-PB) apresentou o projeto motivado pelo acidente com um 
sinalizador náutico que causou a morte de torcedor do time boliviano San
 José, disparado em jogo contra o Corinthians, em Oruro, na Bolívia.
“A repercussão dessa 
morte trágica ilustra a gravidade da comercialização indiscriminada de 
sinalizadores náuticos, que podem, infelizmente, afetar qualquer 
pessoa”, frisou Vital na justificação do texto.
Pelo projeto, deve 
constar da embalagem do produto orientação sobre uso adequado do 
sinalizador e advertência ostensiva sobre riscos de manipulação 
indevida. As normas são válidas para qualquer produto similar ao 
sinalizador náutico.
O fabricante que 
desrespeitar as normas estará sujeito a penas previstas no Código de 
Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), que pune a omissão de informações
 sobre periculosidade de produtos, nas embalagens, invólucros ou 
publicidade, com pena de detenção de seis meses a dois anos, mais multa.
O PLS 74/2013 obriga 
ainda o comprador a apresentar documento de identidade, informação 
incluída em um cadastro que deverá ser mantido pelo fornecedor, no 
mínimo, por cinco anos. O texto também proíbe a venda de sinalizadores 
náuticos fora de estabelecimento comercial credenciado junto a órgão 
competente e determina que os produtos sejam expostos em prateleira com altura mínima de um metro e meio.
Para o relator,
 as normas previstas no projeto ajudarão a coibir o uso inadequado do 
produto, evitando acidentes como o ocorrido no estádio na Bolívia. 
Blairo observou que o sinalizador náutico é instrumento 
obrigatório nas embarcações, sendo importante instrumento para 
emergências, capaz de ajudar na localização e resgate em caso de avarias
 ou naufrágio.
Se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, a proposta será enviada à Câmara dos Deputados.
Agência Senado
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