Reforma política é prioridade para o PSB em 2015, informa líder
Gustavo Lima
Fernando Coelho Filho: partido terá posição de independência em relação ao governo.
Novo líder do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) na Câmara, o deputado Fernando Coelho Filho (PE) informou que a
prioridade da legenda em 2015 é a aprovação da reforma política. “As
ruas pedem isso. Nosso esforço, aqui no Parlamento, está centrado no
tema neste momento”, afirmou o parlamentar.
Coelho Filho também destacou a posição de independência do partido em
relação ao governo. Segundo ele, o que for positivo para o País terá o
voto do PSB, mas “certamente vamos divergir em muitas [matérias] porque
temos dificuldades em alguns assuntos que estão sendo trazidos pelo
Planalto”.O deputado está em seu terceiro mandato na Câmara. Nascido no Recife e formado em administração de empresas, já foi vice-líder do bloco PSB, PTB, PCdoB, entre 2011 e 2012. Ele substitui o deputado Júlio Delgado (MG) no posto de líder do PSB.
Leia abaixo a entrevista concedida pelo novo líder à TV Câmara
Quais são as perspectivas deste ano?
Temos a perspectiva de enfrentar a reforma política. O presidente [da Câmara] Eduardo Cunha quer celeridade nesse tema para que gente vote aqui e no Senado antes do dia 30 de setembro, para que as eleições de 2016 possam já estar vigorando sob essa nova lei eleitoral. Acho que as ruas pedem isso, e nós, do Parlamento, sabemos dessa necessidade. Nossos esforços estão centrados em cima da reforma política neste momento.
Como fica a relação do PSB com o governo?
Apresentamos uma campanha, uma proposta majoritária na eleição do ano passado. A Executiva Nacional do partido tirou uma posição de independência, e é assim que vamos atuar ao longo de 2015. Não há nenhum constrangimento em poder acompanhar o governo em algumas matérias que entendemos serem positivas para o País, mas, certamente, vamos divergir em muitas delas porque temos dificuldades em alguns temas que estão sendo trazidos pelo Planalto para a Câmara.
Existe consenso dentro do partido sobre as medidas provisórias enviadas pela presidente Dilma (MPs 664/14 e 665/14)?
A gente não tratou disso ainda na bancada. Mas temos muitas dificuldades de mexer nos direitos dos trabalhadores. Esse é o primeiro ponto de dissenso que temos. Após o Carnaval, a bancada vai definir qual será a posição majoritária do partido. Há, no entanto, um consenso de que nada que for tirar direito dos trabalhadores brasileiros vai contar com apoio do PSB. Evidente que há um impasse no Congresso sobre esses assuntos. Devemos deixar de lado a disputa política, desarmar os palanques e marcar nossa posição daquilo que a gente defende, daquilo que a gente pensa, sem que a disputa política possa atrapalhar o trabalhador.
Quais são os projetos prioritários do PSB para 2015?
Estamos desafiados a apresentar ao Brasil um novo sistema eleitoral. Não dá para fazer eleição da foram que está aí. Todos temos de defender nossas bandeiras e tentar mudar na comissão especial. O PSB está representado com dois titulares e dois suplentes, que vão levar nossas ideias para que, no final, a gente possa ter um texto que, se não expressar aquilo que a gente gostaria, esteja o mais próximo possível do que a gente quer. É preciso mudar as regras do sistema eleitoral porque a gente já viu que o que estava aí já deu o que tinha que dar.
Íntegra da proposta:
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Marcelo Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira
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