Senadores e especialistas debatem problemas do Rio São Francisco
28/03/2014 - 16h20 Comissões - Desenvolvimento Regional - Atualizado em 28/03/2014 - 18h41
Senadores e especialistas debatem problemas do Rio São Francisco
Da Redação
Hidrelétrica de Paulo Afonso, no trecho baiano do Rio São Francisco
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A Comissão de Desenvolvimento Regional e
Turismo (CDR) promove audiência pública na quarta-feira (2), a partir
das 9h, com o objetivo de debater a redução da vazão do Rio São
Francisco, a oferta de água no âmbito de sua bacia hidrográfica e a
queda dos valores dos royalties transferidos aos municípios do sistema
da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf).
A audiência pública foi requerida pelo
presidente da CDR, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Foram
convidados a participar: o diretor-presidente da Agência Nacional de
Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo; o diretor-geral da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino; e o presidente da
Chesf, Marcos Aurélio Madureira da Silva.
Também participarão dos debates o
diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz Bastos de Matos, do
presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco,
Anivaldo de Miranda Pinto, e do coordenador-geral do Fórum Sergipano de
Comitês de Bacias Hidrográficas, Luiz Carlos Souza.
Unidade nacional
Conhecido como ‘rio da unidade
nacional’ ou Velho Chico, o Rio São Francisco foi descoberto em 4 de
outubro de 1501, por Américo Vespúcio e André Gonçalves.
Ele nasce no oeste de Minas Gerais e,
em cerca de 3.000 km de extensão, atravessa o estado da Bahia, chega a
Pernambuco, divide os estados de Sergipe e Alagoas e desemboca no Oceano
Atlântico.
Seu potencial hídrico é usado para
abastecimento humano, agricultura irrigada, geração de energia,
navegação, piscicultura, lazer e turismo.
Há alguns anos, vários problemas de
natureza social e econômica vêm afetando o percurso natural do rio, como
o assoreamento, o desmatamento de suas várzeas, a poluição, a pesca
predatória, as queimadas, o garimpo e a irrigação.
Suas águas geram energia elétrica para
todo o Nordeste e para parte do estado de Minas Gerais, através das
hidrelétricas de Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho e Três
Marias.
O Projeto de Integração do Rio São
Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, também
conhecido como ‘transposição do São Francisco’ foi iniciada em 2007. Com
final previsto para 2015, a obra já consumiu R$ 4,5 bilhões dos R$ 8,2
bilhões estipulados inicialmente. Seu objetivo primordial é levar água
potável a 12 milhões de pessoas em 390 cidades do Ceará, Paraíba,
Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Com informações da Fundação Joaquim Nabuco e do Ministério da Integração Nacional
Agência Senado
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