Modelo de desenvolvimento sustentável e descentralizado é aposta para o crescimento do RS

Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia constrói mapa estratégico com foco nas vocações regionais
Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia constrói mapa estratégico com foco nas vocações regionais - Foto: Camila Domingues/Arquivo Palácio Piratini -
Ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo são as palavras-chave do novo modelo de desenvolvimento sustentável e descentralizado planejado pelo governo do Estado para impulsionar o crescimento do Rio Grande do Sul. Até dezembro, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect) concluirá o mapa estratégico para o RS.
"Por determinação do governador, estamos trabalhando para entender melhor o Estado que temos. Dividimos o Rio Grande do Sul em nove regiões e estamos visitando cada uma delas com a parceria de universidades e do Sistema S para montar um programa de desenvolvimento regional de acordo com as vocações e potencialidades locais", afirma o secretário da Sdect, Fábio Branco.
Segundo o secretário, esse é o diferencial da atual gestão: aproximar a secretaria da sociedade, descentralizando os técnicos, conhecendo a realidade regional e trabalhando de forma integrada. Para isso, a Sdect estimula que as prefeituras criem secretarias e conselhos de desenvolvimento.
"A partir de 2016, com uma conjuntura econômica mais favorável, queremos estar preparados para fomentar projetos estratégicos para o crescimento de cada setor e de cada região", afirma Branco.
Mais empresas
Enquanto o novo modelo de desenvolvimento é planejado, o Rio Grande do Sul não está parado. Apesar da crise financeira do Estado e do momento de incerteza no cenário nacional, o Executivo proporcionou um ambiente favorável para o desenvolvimento estadual, buscando mais investimentos e parcerias.
De acordo com a Junta Comercial, 79.120 novas empresas foram abertas no Rio Grande do Sul nos primeiros oito meses de 2015. O número já é superior ao total de novas empresas constituídas em todo o ano passado: 77.656.
Até o início deste mês, a Sala do Investidor da Sdect registrou R$ 26 bilhões em investimentos industriais previstos para o Estado, geradores de 22.270 postos de trabalho. A coordenadora da Sala do Investidor, Luciana França, explica que o local é o instrumento disponível ao empreendedor industrial para obter informações pertinentes aos projetos de ampliação e instalação, se relacionar com os órgãos governamentais e tomar a decisão investir no RS.
Inovação e tecnologia
A fusão das secretarias de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico mostra a importância estratégica dessas áreas na atual gestão. “Nós queremos inverter a lógica existente. Demandar aquilo que seja importante para o Estado se desenvolver, por meio da ciência e tecnologia, e de mecanismos para aproximar o setor produtivo, para que dê respostas o mais rápido possível à sociedade”, explica Branco.
Parques e polos tecnológicos
Nesta semana, o governo do Estado lançou um conjunto de editais voltados aos setores de inovação e desenvolvimento no valor total de R$ 14 milhões. Os recursos são do Banco Mundial (Bird) e destinados a apoiar projetos de parques e polos tecnológicos, incubadoras e indústria criativa.
Também foi consolidado o Polo de Inovação Tecnológica Metropolitano Delta do Jacuí. A chefe da Divisão de Pólos Tecnológicos da Sdect, Suzana Sperry, afirma que o polo integra 20 entidades parceiras de ensino e pesquisa, prefeituras e empresas que somarão esforços para a implementação e desenvolvimento de projetos tecnológicos e inovadores, por meio de universidades representativas no cenário tecnológico. Entre as diversas áreas de atuação do polo Delta do Jacuí, destaca-se a da saúde, com a recente formalização do Cluster da Saúde a ser instalado no Rio Grande do Sul.
Conforme os editais, são destinados R$ 8 milhões para projetos dos parques tecnológicos. Cada unidade pode apresentar até dois projetos no valor de R$ 2 milhões cada. O programa RS Incubadoras foi contemplado com R$ 850 mil e cada uma pode apresentar um projeto no valor de R$ 250 mil. A indústria criativa tem R$ 850 mil e cada unidade executora pode ter dois projetos no valor de R$ 250 mil cada um. Os polos tecnológicos foram contemplados com R$ 5.335.142,00 e podem apresentar projetos de até R$ 500 mil.

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