Randolfe espera que Câmara reveja texto aprovado pelo Senado e aumente recursos para educação
Da Redação
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) destacou nesta sexta-feira (5) reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo
informando que o projeto de lei que destina royalties do petróleo para
educação e saúde, na forma aprovada pelo Senado, corta 53% dos recursos à
educação. O PSOL votou contra por discordar das mudanças. O senador disse esperar que, na revisão, a Câmara dos Deputados restaure a versão do projeto que havia antes aprovado.
Randolfe observou que durante a
votação, na terça-feira (2), ele havia alertado sobre a supressão de
recursos em comparação com o previsto no texto vindo da Câmara dos
Deputados. Porém, como resposta, o líder do governo, Eduardo Braga
(PMDB-AM), relator da matéria, teria lhe acusado de estar “usando menos
verdade”.
- Um eufemismo para dizer que eu estava mentido – criticou, observando que a reportagem confirma sua denúncia.
Em nota enviada ao jornal, ainda
conforme Randolfe, a assessoria de Braga justifica as mudanças. A nota
explica que o valor dos royalties estimado pela Câmara dos Deputados era
“equivocado”.
Pela nota, continuou Randolfe,
informa-se que houve necessidade de alterações para “aprimorar” o texto,
além de “evitar o risco de judicialização e o uso indevido” do Fundo
Social, criado para receber os recursos da União originados dos
royalties.
O senador também citou nota técnica
sobre o projeto dos royalties que acabou de ser divulgada. Ele observou
que, segundo o estudo, o projeto original registra somente em 2013 a
destinação de R$ 120 milhões para a educação. Já corrigido, o texto que
saiu da Câmara menciona R$ 5,93 bilhões. Pela versão aprovada pelo
Senado, que agora volta para revisão da Câmara, os recursos caem para R$
850 milhões.
Ainda sobre o fato de ter sido acusado de mentir, Randolfe citou frase do líder cubano Fidel Castro: “a história me absolverá”.
Agência Senado
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