Núcleo do AfroReggae é reaberto no Complexo do Alemão

Organização é parceira do Estado em projetos culturais e na luta contra a criminalidade


Após interromper as atividades no Complexo do Alemão há pouco mais de uma semana, o núcleo da ONG AfroReggae voltou a funcionar na comunidade nesta quarta-feira (31/7). O grupo cultural havia decidido deixar o local depois que uma pousada mantida pela ONG foi atingida por um incêndio ocorrido na madrugada do último dia 16.

O espaço foi reaberto na presença do governador Sérgio Cabral, do vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, dos secretários de Segurança, José Mariano Beltrame, e Cultura, Adriana Rattes, e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho.

- Estamos aqui hoje para garantir a reabertura do AfroReggae, que faz um belo trabalho social e cultural, inclusive de recuperação de ex-traficantes, que, a partir do projeto, encontram o caminho do bem. O AfroReggae é um dos ícones de cultura aqui no Alemão, que estimula talentos a produzirem arte e educação. Não temos ilusão de que há uma luta do bem contra o mal. O que não aceitamos é que o poder paralelo exista e ameace a comunidade - afirmou o governador.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que disponibilizará policiais para reforçar a segurança pessoal de José Júnior:

- Temos a impressão de que o movimento criminoso é mais contra a pessoa do José Júnior, por sua história, do que efetivamente contra o processo de pacificação. O José Júnior é uma figura que contribui muito para a comunidade, tem um histórico muito positivo e sempre ofereceu outras expectativas para quem está no mundo do crime. Não vamos deixá-lo só neste momento. Vamos disponibilizar os policiais do Bope ou da Core, se ele quiser, e vamos ter todo o cuidado com ele. A polícia não sairá do Alemão - disse Beltrame.

O coordenador executivo do AfroReggae, José Júnior, destacou que o apoio do governo estadual e da sociedade foram importantes para a decisão de reabrir a ONG na comunidade:

- Nós vamos ficar no Alemão. Acreditamos no processo de pacificação, e o AfroReggae não pode ser um protagonista contrário deste momento que o Rio vive. O que nos motiva é que os moradores querem que a gente permaneça, a sociedade nos apoia e também temos total apoio do governador, do prefeito e do secretário de Segurança. Se o AfroReggae fecha as portas no Alemão, será um retrocesso. Nós não vamos voltar atrás dessa decisão - explicou Júnior.

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