Pöyry vê viabilidade para todos os projetos no país
Pöyry vê viabilidade para todos os projetos no país
Valor Econômico -
Uma das mais tradicionais empresas
de engenharia, consultoria e gerenciamento de projetos de celulose e
papel do mundo, a Pöyry vê espaço para entrada em operação de todas as
novas fábricas de celulose anunciadas para o Brasil até o fim da década.
Haveria ainda condições de mercado para mais dois empreendimentos entre
2021 e 2025, na avaliação do diretor de negócios da Pöyry Tecnologia,
Marcel Moreno. "Hoje tem espaço para todo mundo", afirmou.
Com
olhos no longo prazo, mais do que o impacto do volume adicional
ofertado nos preços da celulose, os custos em alta é que poderão acender
a luz amarela para novos investimentos na região. "Isso poderia tornar
novos projetos no país inviáveis e levar os produtores para outros
países." Hoje, para produzir uma tonelada da matéria-prima, são
necessários investimentos de cerca de US$ 2,4 mil. Em 2000, o desembolso
era de US$ 1 mil por tonelada. "Mão de obra, insumos, terras. Tudo tem
ficado mais caro no Brasil", explicou.
Neste
momento, a Suzano Papel e Celulose se prepara para colocar em operação,
em novembro, a fábrica de Imperatriz (MA), com capacidade para 1,5
milhão de toneladas por ano de fibra de eucalipto. Pouco antes, Montes
del Plata, joint venture entre Stora Enso e Arauco, terá colocado em
operação uma linha de produção no Uruguai, de 1,3 milhão de toneladas
anuais. Em 2015, a CMPC Celulose Riograndense dá a partida em seu
projeto de expansão, também de 1,3 milhão de toneladas anuais.
Além
disso, Klabin, provavelmente Fibria, Lwarcel e a Eldorado têm planos de
novas fábricas. Também a Braxcel, do grupo GMR, poderá chegar a mercado
antes de 2020. Para Moreno, o volume adicional deve pressionar os
preços entre o fim de 2015 e 2016. Até lá, os valores de referência
devem permanecer relativamente estáveis. "Entre 2017 e 2018, haveria
janela para novas produções", destacou.
A
Pöyry participa de praticamente todos os projetos em andamento - o que
tem garantido à operação brasileira destaque em relação a outras regiões
no resultado consolidado. O volume de negócios no país, conforme
Moreno, se compara ao registrado pela unidade na Europa, onde a Pöyry
está presente há muito mais tempo.
A
partir deste ano, a estratégia para o mercado local incluirá mais
dedicação a projetos de melhoria operacional, atividade que tem
sustentado os negócios da companhia na Europa. "As fábricas brasileiras
são modernas, mas em 2013 vamos investir mais fortemente [nesse
segmento]", afirmou.
Há
dois meses, a Pöyry Tecnologia mudou-se para uma nova sede, na zona sul
de São Paulo. Conforme Moreno, os 430 funcionários da capital paulista -
ao todo, no país, são 750 empregados - estão agora distribuídos em
cinco andares, frente a oito andares anteriormente. "Diminuímos em mil
metros quadrados a área ocupada, mas as condições de trabalho estão bem
melhores", contou.
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