Líderes divergem sobre realização de plebiscito
Rodrigo Baptista
No mesmo momento em que
o líder do governo no Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmava
em entrevista na manhã desta sexta-feira (5), que a opção pelo
plebiscito como forma de consultar a população sobre a reforma política
não pode ainda ser descartada, o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira
(SP) voltava a criticar, em Plenário, a proposta sugerida pela
presidente Dilma Rousseff, considerando o plebiscito já descartado.
De acordo
com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen
Lúcia, são necessários no mínimo 70 dias para viabilizar a consulta
popular, após a aprovação do decreto legislativo pelo Congresso
Nacional. O curto prazo é um dos argumentos apresentados por
parlamentares para que seja rejeitada a opção pelo plebiscito.
O
líder do governo disse ao chegar ao Senado para a sessão deliberativa
desta sexta-feira (5) que “não se pode desistir do plebiscito”.
- Abrir mão disso [do plebiscito] por
causa do prazo é no mínimo impedir que a população possa se manifestar
pelo voto direto – afirmou Eduardo Braga.
Para o PSDB, principal partido de
oposição, o plebiscito é uma tentativa do governo de desviar o foco das
manifestações que tomaram o país nas últimas semanas. Aloysio Nunes
voltou a afirmar nesta sexta que esse modelo de consulta para a
realização da reforma política é “insensata”.
- O Congresso sensatamente,
piedosamente eu diria até, vai sepultando essa ideia insensata. Se
analisarmos os quesitos sugeridos pela presidente, ela se lança com
absoluta falta de contenção em busca de uma reforma política, cujo
objetivo é desviar a atenção dos reais problemas que o Brasil vive –
criticou.
Na quinta-feira (4), o vice-presidente
da República, Michel Temer, chegou a anunciar a impossibilidade da
realização de um plebiscito sobre reforma política este ano, a tempo de
valer já em 2014, mas depois voltou atrás por meio de uma nota oficial.
Agência Senado
Comentários
Postar um comentário