Ibama vistoria Porto de Paranaguá para emitir a licença de operação
APPA -
Representantes do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), das sedes
nacional, estadual e municipal, estiveram no Porto de Paranaguá, na
terça-feira (2), para realizar uma vistoria técnica. Esta é mais uma
etapa do processo de obtensão da licença de operação, documento exigido
para a realização de diversas obras dentro do Porto. Desde 2009, a
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) trabalha para
conseguir a licença. Com a visita dos representantes do Instituto, a
expectativa é que o processo ganhe celeridade e a licença seja emitida.
Diversas
exigências têm sido feitas pelo Ibama. Algumas dessas são inéditas no
país, como a demanda de haver uma empresa que possa atender eventuais
emergências de fauna. Como não existe nada semelhante no Brasil, a Appa
firmou um convênio com a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) para
atender a demanda.
“Seremos
o primeiro porto do Brasil a atender esta demanda. Apesar das grandes
dificuldades impostas, estamos trabalhando ao máximo para atender as
exigências do governo federal”, explica o superintendente da Appa, Luiz
Henrique Dividino.
No
entanto, a falta de licença continua impondo prejuízos aos portos
paranaenses e aos usuários do porto, além de prejudicar diretamente o
próprio meio ambiente, uma vez que a Appa só saberá quais as exigências
finais deverá seguir quando a licença for finalmente emitida. Um exemplo
dos problemas causados pela demora na emissão da licença de operação é a
obra de aprofundamento dos berços de atracação. A obra já tem projeto
executivo pronto e não pode ser realizada porque o porto não possui a
licença de operação. O mesmo ocorre com a regularização de dragagem dos
portos, dificultando os projetos de modernização previstos pelo Governo
do Paraná.
De
acordo com o superintendente do Ibama no Paraná, Jorge Callado, o que
está sendo vistoriado é se o que foi solicitado pelo órgão está sendo
cumprido. “No processo para receber a Licença de Operação do Porto de
Paranaguá, a Appa protocolou o Plano de Emergência e esse documento
precisou de algumas alterações. Hoje o Ibama está aqui para verificar se
as revisões recomendadas estão sendo cumpridas, além de verificar com
mais propriedade o convenio de fauna e a revisão de alguns equipamentos
de atendimento de emergência”, explica.
Para
aferir a prontidão dos equipamentos de segurança, o Ibama solicitou a
simulação de um atendimento de emergência para demonstrar em quanto
tempo daria conta de fazer o primeiro atendimento à uma ocorrência com
prováveis danos ambientais. O exercício foi realizado em frente ao berço
201, no cais oeste.
“Demonstramos
hoje que nossos equipamentos estão em constante manutenção e prontos
para atuar a qualquer momento. Agora, nos resta a expectativa de obter a
Licença de Operação para darmos ainda mais agilidade e segurança às
operações”, afirma Dividino.
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