Bônus do pré-sal é bom negócio para todos, diz coordenador do MME
O valor do bônus de assinatura a 1ª
Rodada do pré-sal, que vai leiloar o prospecto de Libra em outubro, de
R$ 15 bilhões, "é um bom negócio para todos", disse nesta sexta-feira
(5) o coordenador geral de reserva, exploração e produção de petróleo e
gás natural do Ministério de Minas e Energia, Clayton Pontes. O valor
foi publicado na quinta-feira (4) pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), no "Diário Oficial da União".
O
valor do bônus foi considerado alto por especialistas e agentes de
mercado, que afirmaram que o montante vai restringir a competição do
leilão às grandes petroleiras do mundo. O bônus de assinatura é um
pagamento que a empresa faz quando assina o contrato, para ter direito
de explorar determinado campo. Assim, as empresas interessadas teriam
que ter, já de saída, os R$ 15 bilhões para participar do certame.
Durante
o 3º Seminário sobre matriz e segurança energética brasileira,
promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, Pontes afirmou que
“[para Libra], a temos plena convicção de que é importante a
participação de grandes empresas”.
Segundo
Pontes, a participação de companhias estrangeiras é importante tanto
para fornecimento de bens e serviços no Brasil como para a aplicação de
projetos e investimentos para a exploração e produção de petróleo.
“Política de conteúdo local tem se mostrado acertada”, afirmou, durante
sua palestra.
A
previsão no MME é que o setor de petróleo e gás brasileiro receba US$
277 bilhões em investimentos, entre 2013 e 2017, sendo que US$ 236,7
bilhões deverão ser aportados pela Petrobras. Pontes ressaltou que do
valor total, US$ 162 bilhões serão empenhados no segmento de exploração e
produção, dos quais US$ 147,5 estão previstos pela Petrobras.
O
ministério também prevê que, até 2022, o país esteja produzindo média
de 4,8 milhões de barris milhões de petróleo por dia (bpd). Segundo a
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a
produção do Brasil, em maio, registrou média de aproximadamente 1,99
milhões de bpd, sendo que 1,83 milhões de bpd foram produzidos pela
Petrobras e cerca de 160 mil bpd por outras petroleiras.
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