Operação Moikano combate pedofilia em 13 estados e no DF


Sorocaba/SP - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, 30/6, a Operação Moikano com a finalidade de combater o compartilhamento pela internet de arquivos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes, em 13 estados e no DF.
Cerca de 250 policiais federais cumpriram 78 mandados judiciais (50 de busca e apreensão e 28 de prisão preventiva), autorizados pela 1ª Vara Federal de Sorocaba/SP, nos estados de São Paulo, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal. Além disso, informações obtidas durante a investigação sobre os suspeitos estrangeiros foram repassadas para autoridades policiais de 11 países.
A PF iniciou a investigação em abril do ano passado, após uma busca domiciliar feita na cidade de Itu/SP. Na ocasião, foi preso em flagrante um homem que se apresentava nos grupos de compartilhamento de pornografia infantil, na internet, como Moikano.
A partir dos contatos desse investigado descobriu-se uma grande rede internacional de compartilhamento de arquivos contendo fotos e vídeos de abuso sexual de adolescentes e, principalmente, de crianças. Foram descobertos 50 suspeitos atuando em território brasileiro e 70 em outros países.
Em Belo Horizonte/MG, a Polícia Federal cumpriu nesta manhã (30/6) um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal, contra um homem de 42 anos, que compartilhava, em rede social, arquivos contendo exploração sexual de crianças e adolescentes. A prisão também é decorrente da deflagração nacional da Operação Moikano.
Também houve cumprimento de mandados judiciais em Governador Valadares, Juiz de Fora e Varginha. Em cada uma das cidades, foi cumprido um mandado de busca, com apreensão de mídias, notebooks e computador. Em Governador Valadares e Juiz de Fora, houve o cumprimento de um mandado de prisão preventiva. Em Varginha, houve a prisão em flagrante de um homem, por posse de cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
As investigações demonstraram que o homem mantinha página em uma famosa rede social, na qual partilhava diversos arquivos envolvendo filmagens e fotografias de conteúdo pedófilo. Esses arquivos eram divulgados para todo o Brasil e para o exterior, formando extensa rede de divulgação de pedofilia, que já está sendo investigada pela Polícia Federal.
Os investigados responderão criminalmente, de acordo com suas participações, por armazenamento e compartilhamento de arquivos contendo pornografia infanto-juvenil, bem como por estupro de vulnerável nos casos em que se confirmarem as suspeitas de abusos sexuais de crianças.
*O nome da Operação faz referência ao apelido usado na rede mundial de computadores por um dos usuários da rede de pedofilia investigada.

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