Declaração Conjunta Brasil-Estados Unidos
sobre Mudança do Clima
sobre Mudança do Clima
Washington, D.C., 30 de junho de 2015
(English version below)
Os
 Presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama comprometem-se a ampliar a 
colaboração entre o Brasil e os Estados Unidos, bilateralmente e no 
âmbito da Convenção-Quadro das Nações
 Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), mediante o trabalho conjunto 
dos dois países para enfrentar os desafios da mudança do clima. A 
comunidade científica internacional já deixou claro que a atividade 
humana está mudando o sistema climático global, provocando
 sérios impactos, colocando um número cada vez maior de pessoas em 
risco, gerando novos desafios ao desenvolvimento sustentável, afetando 
particularmente as populações pobres e mais vulneráveis e as economias e
 sociedades ao redor do mundo, inclusive no Brasil
 e nos Estados Unidos.
Liderando Juntos Rumo a Paris
Os
 dois Presidentes reiteraram o chamado por um resultado exitoso na 
Conferência de Paris sobre Mudança do Clima, no final deste ano. O 
resultado de Paris deve sinalizar firmemente
 à comunidade internacional que governos, empresas e sociedade civil 
estão decididos a enfrentar o desafio climático.
Os
 Presidentes expressaram seu compromisso de trabalhar entre si e com 
outros parceiros para superar potenciais obstáculos a um Acordo de Paris
 que seja ambicioso e equilibrado.
 Conscientes do objetivo de longo prazo de limitar o aumento da 
temperatura global a um máximo de 2°C acima dos níveis pré-industriais, 
os Presidentes concordaram que as contribuições nacionalmente 
determinadas deverão ser expressivas, com atualizações periódicas
 pelas Partes que promovam maior ambição ao longo do tempo e incentivo a
 estratégias de longo prazo de transição para economias de baixo 
carbono. O resultado das negociações deverá também incluir transparência
 robusta e confiável, inclusive relato e revisão,
 além de prever avaliação periódica de sua efetividade geral. Os 
Presidentes comprometem-se a buscar um acordo ambicioso que reflita o 
princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas e respectivas
 capacidades, à luz de diferentes circunstâncias nacionais.
Os
 Presidentes reconhecem o valor social e econômico de ações de mitigação
 e seus co-benefícios para adaptação, saúde e desenvolvimento 
sustentável. Comprometem-se a trabalhar
 juntos pela mobilização de financiamento público e pela criação de 
instrumentos financeiros que catalisem investimentos privados em larga 
escala, em apoio a projetos de desenvolvimento de baixo carbono e às 
transições dos países para economias de baixo carbono.
 Os Presidentes ressaltaram também a necessidade de apoio financeiro 
continuado e robusto para ajudar a concretizar o potencial de mitigação 
dos países em desenvolvimento e ampliar suas ações de adaptação.
Empreendendo Ações Ambiciosas
Os
 Presidentes ressaltaram os benefícios de ações antecipadas de mitigação
 para limitar o aumento da temperatura global. Assinalaram que, nos 
últimos anos, ambos os países têm
 estado ativa e produtivamente  engajados em uma série de atividades que
 reduziram emissões de gases de efeito estufa. A Presidenta Dilma 
Rousseff saudou as ambiciosas políticas e medidas nacionais de mitigação
 dos Estados Unidos e seu engajamento construtivo
 nas negociações multilaterais sobre mudança do clima. O Presidente 
Barack Obama elogiou o Brasil por seus resultados muito expressivos em 
mitigação, principalmente por meio de uma redução significativa do 
desmatamento na região amazônica.
Os
 Presidentes destacaram o fato de que, desde 2005, Brasil e Estados 
Unidos reduziram emissões de gases de efeito estufa, em termos 
absolutos, mais do que quaisquer outros
 países no mundo. O Brasil reduziu suas emissões em cerca de 41% com 
referência a 2005, enquanto os Estados Unidos reduziram suas emissões em
 cerca de 10% e estão no caminho para alcançar sua meta para 2020. No 
âmbito dos preparativos para a Conferência das
 Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Paris, ambos os países estão 
apresentando contribuições pós-2020 expressivas, compatíveis com sua 
determinação em demonstrar liderança global. 
Conforme
 comunicação à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do 
Clima, os Estados Unidos pretendem alcançar a meta de reduzir, em 2025, 
as emissões do conjunto de
 sua economia em 26%-28% abaixo dos níveis de 2005 e fazer os melhores 
esforços para reduzir suas emissões em 28%. O Brasil apresentará uma 
pretendida contribuição nacionalmente determinada justa e ambiciosa que 
representará seu maior esforço possível além
 das ações atualmente em curso. Sua contribuição será baseada na 
implementação de políticas amplas, inclusive nos setores de florestas, 
uso da terra, indústria e energia. O Brasil implementará políticas com 
vistas à eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto
 com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio do 
reflorestamento e da restauração florestal. Para tanto, o Brasil 
pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até
 2030. De acordo com seus planos de aumentar a utilização de
 fontes renováveis, o Brasil pretende que sua matriz energética atinja, 
em 2030, uma participação de 28% a 33% de fontes renováveis 
(eletricidade e biocombustíveis) além da geração hidráulica. Também 
tenciona aprimorar práticas de baixo carbono em terras agrícolas
 e pastagens por meio da promoção da agricultura sustentável e do 
aumento da produtividade; promover novos padrões de tecnologia limpa 
para a indústria; fomentar medidas adicionais de eficiência energética; e
 aumentar a utilização doméstica de fontes de energia
 não-fósseis em sua  matriz energética.
Reconhecendo
 a necessidade de acelerar o emprego de energia renovável para ajudar a 
mover nossas economias, Brasil e Estados Unidos pretendem  atingir, 
individualmente, 20%
 de participação de fontes renováveis - além da geração hidráulica - em 
suas respectivas matrizes elétricas até 2030.
Os
 Presidentes, reconhecendo a importância da gestão de hidrofluorcarbonos
 (HFCs), concordaram em trabalhar multilateralmente no âmbito do 
Protocolo de Montreal para considerar
 em breve propostas de emenda para a redução de HFCs.
Iniciativa Conjunta Brasil-Estados Unidos sobre Mudança do Clima
Os
 dois Presidentes decidem lançar uma Iniciativa Conjunta Brasil-Estados 
Unidos sobre Mudança do Clima, que será implementada por meio de um novo
 Grupo de Trabalho de alto
 nível Brasil-Estados Unidos sobre Mudança do Clima (GTMC), com o 
objetivo de ampliar a cooperação bilateral  em questões relacionadas ao 
uso da terra, energia limpa e adaptação, bem como diálogos políticos 
sobre a questão climática em nível nacional e internacional.
O
 Grupo de Trabalho iniciará seus trabalhos até outubro de 2015. Em sua 
primeira reunião, o GTMC discutirá um programa de trabalho para 
considerar áreas de ação para a cooperação.
 O Grupo de Trabalho sobre Mudança do Clima será uma plataforma para 
gerenciar algumas ou todas as seguintes iniciativas, além de outras que 
possam vir a ser desenvolvidas futuramente.
Cooperação sobre Uso Sustentável da Terra
Como
 parte do novo GTMC, Brasil e Estados Unidos promoverão ações em 
florestas, agricultura e uso da terra com vistas a contribuir para 
mitigação e resiliência à mudança do
 clima, assim como a estimular o crescimento econômico. Ambos os países 
são líderes em conservação florestal e inovação agrícola e vêm 
implementando programas setoriais de uso da terra destinados a aumentar a
 mitigação e a ampliar a capacidade de adaptação.
 Brasil e Estados Unidos comprometem-se a adotar novos e melhores 
modelos de gestão de suas florestas, terras agrícolas e pastagens, com o
 objetivo de aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas e florestais,
 salvaguardar os múltiplos serviços por eles prestados
 e, ainda, compartilhar esse conhecimento com outros países. Brasil e 
Estados Unidos empreenderão as seguintes ações, entre outras:
- Reforçar o progresso na redução da degradação florestal e na prevenção do desmatamento, inclusive pelo aumento da produtividade de terras agrícolas e de pastagens;
 - Lançar um Programa Binacional de Investimentos em Florestas e Uso da Terra com vistas a melhorar as condições de atração de investimentos no manejo sustentável de florestas e na restauração florestal, que encorajem a prestação de serviços ecossistêmicos, fortaleçam a resiliência, mitiguem a mudança do clima e contribuam para melhorar os fluxos de renda dos agricultores. Tal programa incluiria a convocação de um Fórum Público-Privado para Investimento Florestal Inovador e o lançamento de um Grupo Binacional de Peritos governamentais destinados a melhorar as condições para investimento florestal em ambos os países. Tais iniciativas deverão identificar e auxiliar a formulação de mecanismos financeiros e de mitigação de risco apropriados, com o objetivo de aumentar financiamentos privados para a restauração florestal;
 - Estabelecer parcerias tecnológicas para pesquisa básica e aplicada sobre espécies nativas para promover a aceleração de projetos de restauração florestal;
 - Aprofundar a cooperação sobre monitoramento, relatoria e verificação das emissões florestais e estoques de carbono florestal;
 - Prosseguir na identificação e na adoção de práticas de agricultura de baixo carbono para fomentar a agricultura sustentável e aumentar a produtividade no setor;
 - Revitalizar o trabalho da Aliança Global de Pesquisa sobre Gases de Efeito Estufa oriundos do setor agrícola (GRA);
 - Aprofundar esforços de colaboração com vistas a reforçar a pesquisa científica que apoie agricultores, nos nossos países e no mundo, na adaptação e na mitigação dos impactos da mudança do clima;
 - Assinar Declaração de Intenções entre o Ministério do Meio Ambiente do Brasil e o Serviço Florestal dos Estados Unidos sobre soluções para incêndios florestais em ambientes tropicais, tecnologia da informação para o monitoramento e manejo de incêndios florestais e treinamento de gestores, cientistas e tecnologistas; e
 - Buscar oportunidades para coordenar a assistência técnica em países e regiões prioritários no reflorestamento, monitoramento de florestas, produção de bioenergia e agricultura de baixo carbono. As áreas prioritárias incluem, conforme seja o caso, a bacia do Congo, a bacia Amazônica e os Estados insulares do Caribe.
 
Cooperação em Energia Limpa
O
 Brasil e os Estados Unidos fortalecerão os mecanismos de cooperação 
bilateral sobre energia, incluindo o Diálogo Estratégico de Energia, que
 realizará uma sessão ministerial
 em breve, além de outra reunião em 8-9 de outubro de 2015.
- Energia Renovável: aproveitando os abundantes recursos renováveis em ambos os países, será ampliada a pesquisa sobre a oferta de energia de fontes renováveis, como energia eólica, solar, biomassa, e combustíveis renováveis de transporte.
 - Eficiência Energética e Armazenamento: aprofundando a cooperação existente, apoiaremos iniciativas de sistemas inteligentes ("smart grids"), uso de materiais de construção eficientes e a melhoria da eficiência energética industrial, inclusive por meio da adoção crescente de sistemas de gestão e de armazenamento eficiente de energia, incluindo baterias.
 - Pesquisa Básica sobre Energia: intercâmbio de experiências relacionadas com pesquisa, desenvolvimento e inovação, e promoção da cooperação entre universidades e instituições de pesquisa em ambos os países por meio dos “U.S. Energy Frontier Research Centers” e do Programa Ciência sem Fronteiras.
 - Geração de Energia Nuclear: beneficiando-se das experiências bem sucedidas de ambos os países, Brasil e Estados Unidos cooperarão em geração de energia nuclear segura e sustentável e tecnologias correlatas.
 - Catalisando Financiamento: com o objetivo de impulsionar o investimento, o Brasil e os Estados Unidos buscarão lançar conjuntamente, no Brasil, experiências-piloto de mecanismos financeiros inovadores voltados para fomentar novos investimentos em energia renovável, eficiência energética e/ou esforços de resiliência.
 
Cooperação em Adaptação à Mudança do Clima
Reconhecendo
 a necessidade de gerir e reduzir riscos associados aos impactos da 
mudança do clima, tais como secas e fenômenos climáticos extremos, bem 
como as oportunidades
 emergentes associadas à gestão e à redução desses riscos, Brasil e 
Estados Unidos trabalharão em conjunto, inclusive pela troca de 
experiências sobre planejamento nacional em adaptação, para criar 
resiliência aos impactos da mudança do clima em áreas como
 biodiversidade e ecossistemas; infraestrutura, incluindo energia; 
produção agrícola e segurança alimentar; e recursos hídricos.
O
 Brasil e os Estados Unidos continuarão a colaborar em pesquisa 
científica sobre a atmosfera e sobre ecossistemas, a exemplo do 
experimento “Green Ocean Amazon 2014/2015”,
 por meio de intercâmbios educacionais em nível de pós-doutorado entre 
universidades e laboratórios dos dois países.
O
 Brasil e os Estados Unidos cooperarão na gestão de temas relacionados 
ao nexo entre água e energia, no contexto da mudança do clima. Como 
nossos países enfrentam secas prolongadas
 e cada vez mais intensas, precisamos integrar adequadamente o 
planejamento e a tomada de decisão sobre água e energia; colaborar em 
energia hidrelétrica sustentável; aprimorar a resiliência da geração 
termelétrica; e aumentar a eficiência dos sistemas de infraestrutura
 de tratamento de água e efluentes.
U.S.-Brazil Joint Statement on Climate Change
Washington, D.C., June 30, 2015
Presidents
 Barack Obama and Dilma Rousseff commit to intensify collaboration 
between the United States and
 Brazil, both bilaterally and under the United Nations Framework 
Convention on Climate Change (UNFCCC), as our countries work to address 
the challenges posed by climate change.  The global scientific community
 has made clear that human activity is already changing
 the world’s climate system, causing serious impacts, putting ever 
larger numbers of people at risk, posing challenges to sustainable 
development, affecting particularly the poor and most vulnerable, and 
harming economies and societies around the world, including
 in the United States and Brazil. 
Leading Together Towards Paris
The
 two Presidents reiterated their call for a successful outcome later 
this year at the Paris Climate Change
 Conference.  The Paris outcome should send a strong signal to the 
international community that governments, businesses and civil society 
are decisively taking on the climate challenge. 
The
 Presidents expressed their commitment to work with each other and with 
other partners to resolve potential
 obstacles towards an ambitious and balanced Paris Agreement. Mindful of
 the long-term goal of limiting global temperature increase to a maximum
 of 2°C above preindustrial levels, they agreed that there should be 
strong nationally determined contributions,
 regular updating by Parties in order to promote greater ambition over 
time, and encouragement of longer-term strategies for transitioning to 
low-carbon economies.  There should also be strong and credible 
transparency, including reporting and review, as well
 as periodic stocktaking of its overall effectiveness.  The Presidents 
are committed to reaching an ambitious agreement that reflects the 
principle of common but differentiated responsibilities and respective 
capabilities, in light of different national circumstances.
The
 Presidents recognize the social and economic value of mitigation 
actions and their co-benefits to adaptation,
 health and sustainable development. The Presidents pledged to work 
together toward mobilizing public funding and developing financial 
instruments to catalyze large-scale private investments to support low 
carbon development projects and countries’ transitions
 to low-carbon economies. Further, the Presidents affirmed the need for 
continued, robust financial support to help realize developing 
countries’ mitigation potential and to enhance their adaptation actions.
Taking Ambitious Climate Action
The
 Presidents underscored the benefits of early mitigation actions for 
limiting global temperature increase.
 They noted that both countries have been actively and productively 
engaged in recent years in a range of activities that have reduced 
greenhouse gas emissions. President Rousseff welcomed the ambitious 
national mitigation policies and measures of the United
 States and its constructive engagement in multilateral climate change 
negotiations. President Obama commended Brazil for its very strong 
mitigation results, principally through a significant curbing of 
deforestation in the Amazon region.
The
 Presidents highlighted the fact that, since 2005, Brazil and the United
 States have reduced greenhouse
 gas emissions in absolute terms more than any other countries in the 
world.  Brazil has reduced its emissions by around 41% as compared to 
2005, while the United States has reduced its emissions by around 10% 
and is on track to meet its 2020 target.  In the
 run-up to the UN Climate Conference in Paris, both countries are 
respectively putting forward strong post-2020 contributions consistent 
with their determination to show global leadership.
Per
 its submission to the UNFCCC, the United States intends to achieve an 
economy-wide target of reducing
 its emissions by 26%-28% below 2005 levels in 2025 and to make best 
efforts to reduce its emissions by 28%.  Brazil will present a fair and 
ambitious intended nationally determined contribution that represents 
its highest possible effort beyond its current
 actions. It will be based on the implementation of broad policies, 
including those in the forestry, land-use, industrial, and energy 
sectors.  Brazil will pursue policies aimed at eliminating illegal 
deforestation, coupled with ambitious enhancement of carbon
 stocks through reforestation and forest restoration. For that purpose, 
Brazil intends to restore and reforest 12 million hectares of forests by
 2030. In line with its goal to expand the use of renewable energy 
sources, Brazil intends that its total energy
 matrix reach, by 2030, a share of 28% to 33% from renewable sources 
(electricity and biofuels) other than hydropower. Brazil also intends to
 improve low-carbon agricultural and grazing land practices through the 
promotion of sustainable agriculture and productivity
 enhancement; to promote new, clean technology standards for industry; 
to further promote energy efficiency measures and to expand the use of 
non-fossil fuel energy sources domestically.
Recognizing
 the need to accelerate the deployment of renewable energy to help power
 our economies, the United
 States and Brazil each intend to increase the share of renewables – 
beyond hydropower – in their respective electricity generation mixes to 
the level of 20% by 2030.
The Presidents, recognizing the importance of managing hydrofluorocarbons (HFCs), agreed to work multilaterally
 in the Montreal Protocol to consider promptly amendment proposals to phase down HFCs.
Brazil-United States Joint Initiative on Climate Change
The
 two Presidents decide to launch a Joint Initiative on Climate Change, 
which will be implemented through
 a new high-level United States-Brazil Climate Change Working Group 
(CCWG) aimed at enhancing bilateral cooperation on issues relating to 
land use, clean energy, and adaptation, as well as policy dialogues on 
domestic and international climate issues.
The
 Working Group will begin its work by October 2015. During its first 
meeting, the CCWG will discuss a
 work program to address areas of action for cooperation. The Climate 
Change Working Group will be a platform to manage some or all of the 
following initiatives, as well as others that might be developed over 
time.
Cooperation on Sustainable Land Use
As
 part of the new CCWG, the United States and Brazil will promote actions
 on forests, agriculture, and
 land use to contribute to climate change mitigation and resilience as 
well as enhance economic growth.  Both countries are leaders in forest 
conservation and agricultural innovation and have implemented land 
sector programs designed to enhance mitigation and
 increase adaptation capacity.  Brazil and the United States commit to 
new and improved management of their forests, croplands and grasslands 
to increase resilience in forests and agricultural systems, safeguard 
the multiple services they provide, and share
 this expertise with other countries.  Brazil and the United States will
 take the following actions, among others:
·        
Enhancing progress on reducing forest degradation and preventing deforestation, including
 improvements in the productivity of agricultural and grazing lands;  
·        
Launching
 a Binational Program on Forest and Land Sector Investment to improve 
the
 conditions for attracting investments in sustainable forest management 
and forest restoration, encouraging the provision of ecosystem services,
 building resilience, mitigating climate change, and contributing to 
improved income streams for farmers.  This would
 include convening a public-private Forum on Innovative Forest 
Investment and launching a Binational Expert Group of government 
agencies to improve the conditions for forest investment in both 
countries. These initiatives will identify and help design appropriate
 financial and risk-mitigation mechanisms that aim to spur private 
sector funding for forest restoration;
·        
Establishing technology partnerships for basic and applied research on native species
 to promote the acceleration of forest restoration projects;    
·        
Deeper cooperation on monitoring, reporting, and verification of forest emissions and
 forest carbon stocks;
·        
Continuing identification and establishment of low-carbon agricultural practices for
 promotion of sustainable agriculture and productivity enhancements for the sector;
·        
Reinvigorating the work of the Global Research Alliance (GRA) for Agricultural Greenhouse
 Gases;  
·        
Building on collaborative efforts to enhance scientific research to address areas that
 help farmers, in our countries and globally, adapt to and mitigate climate change impacts;
·        
Signing
 a Declaration of Intentions between the U.S. Forest Service and 
Brazilian Ministry
 of Environment on solutions to uncontrolled burning in tropical areas, 
information technology for tracking and managing fire, and training 
managers, scientists, and technologists; and
·        
Pursuing
 opportunities to coordinate technical assistance in priority countries 
and
 regions on reforestation, forest monitoring, bioenergy production and 
low-carbon agriculture.  Priority areas include the Congo basin, Amazon 
basin, and Caribbean island States, where applicable.
Cooperation on Clean Energy
The United States and Brazil will strengthen bilateral cooperation mechanisms for energy, including the
 Strategic Energy Dialogue, which will hold a minister-level session promptly and another meeting on October 8-9 2015.
·        
Renewable Energy:
 Taking advantage of the abundant renewable resources in both countries,
 we will expand research on energy supply from renewable energy sources,
 such as wind, solar, biomass, and renewable transportation fuels.  
·        
Energy Efficiency and Storage:
 Deepening existing cooperation, we will support smart grid initiatives,
 the use of energy efficient building materials and improve industrial 
energy efficiency, including through increased adoption of energy 
management and efficient energy storage systems,
 including batteries. 
·        
Basic Energy Research:
 Exchanging experiences related to research, development and innovation,
 and fostering cooperation among universities and research institutions 
in both countries through the U.S. Energy Frontier Research Centers and 
Brazil’s Scientific Mobility Program.
·        
Nuclear Power Generation:
 Benefiting from the shared successful experiences of both countries, 
Brazil and the United States will cooperate on safe and sustainable 
nuclear power generation and technologies.
·        
Catalyzing Finance:
 Aiming to spur investment, the United States and Brazil will seek to 
jointly pilot innovative finance instruments in Brazil designed to 
mobilize new investments in renewable energy, energy efficiency, and/or 
resiliency efforts.
Cooperation on Adaptation to Climate Change
Acknowledging
 the need to manage and reduce risks associated with climate change 
impacts, such as drought
 and extreme weather events, as well as the emerging opportunities 
associated with managing and reducing these risks, the United States and
 Brazil will work together, including through sharing experiences 
related to national adaptation planning, to build resilience
 to climate change impacts in areas such as biodiversity and ecosystems;
 infrastructure, including energy; agricultural production and food 
security; and water resources.
The
 United States and Brazil will continue collaboration on atmospheric and
 ecosystem science research,
 building on the Green Ocean Amazon 2014/2015 experiment through 
postdoctoral educational exchanges between Brazilian and U.S. 
universities and laboratories. 
The
 United States and Brazil will cooperate on managing issues at the nexus
 of water and energy, in the
 context of climate change.  As our countries face prolonged and 
increasingly intense droughts, we need to appropriately integrate 
energy-water planning and decision-making; collaborate on sustainable 
hydropower; improve resilient thermoelectric generation
 resilience; and increase the efficiency of water and wastewater 
treatment infrastructure systems.
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