Ações da DH contribuem para queda de homicídios na Baixada
Primeiros cinco meses deste ano registram diminuição de quase 30% nos índices criminais
Inaugurada
em fevereiro de 2014, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense
(DHBF) tem papel fundamental em um índice expressivo registrado nos
indicadores criminais divulgados recentemente pelo Instituto de
Segurança Pública (ISP): a redução de quase 30% dos homicídios na
Baixada Fluminense nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao
mesmo período de 2014. Foram 681 casos contra 932 no ano passado na
região que foi responsável pela queda mais significativa no estado. À
frente da unidade desde fevereiro deste ano, o delegado Fábio Cardoso
conta quais as ações que vêm permitindo a melhoria dos resultados e o
que está sendo feito para dminuir ainda mais esses números.
D.O Notícias – Como funciona a estrutura da DHBF?
Fábio Cardoso – Desde que foi inaugurada com o conceito de Delegacia Legal, seguindo os protocolos da Delegacia de Homicídios da capital, a DHBF vem cumprindo um papel extremamente importante na região onde atua. Contamos com cerca de 130 policiais, 10 delegados e 20 viaturas, e nossa missão é focar na investigação de homicídios e latrocínios que acontecem na Baixada Fluminense, que abrange uma área enorme, de Itaguaí a Guapimirim.
D.O Notícias – Quais os diferenciais dessa unidade para uma convencional?
FC – Além de ter um foco muito específico, a DHBF conta com o Grupo Especial de Local de Crime (GELC), que reúne um delegado, cerca de oito policiais, um perito criminal e um papiloscopista. Essa é a equipe que tem o primeiro contato com o local do crime. A orientação é que a chegada seja rápida, para evitar a perda de informações técnicas e testemunhais. Percebemos que as testemunhas, em geral, estão mais dispostas a falar o que viram logo após o crime, no calor da situação. Esse grupo também tem a missão de identificar, por exemplo, câmeras que ficam no entorno da ocorrência. A Justiça costuma ter preferência por provas periciais e de imagens, pois a contestação é mais difícil. Ao final do plantão desta equipe, no dia seguinte, um outro grupo da unidade assume a investigação e segue com ela até a conclusão. Com isso, evitamos a interrupção do processo e damos mais celeridade ao caso.
D.O Notícias - Como era a condução dos casos de homicídio antes da criação das DHs no modelo atual?
FC – A investigação das ocorrências era de responsabilidade das delegacias convencionais e as DHs entravam no caso quando a chefia de polícia solicitava. Agora, todos os homicídios ou latrocínios são conduzidos desde o começo por nossas equipes e também crimes conexos, como quadrilha, tráfico de drogas, mas sempre tendo o homicídio como objetivo.
D.O Notícias – Que tipos de ações têm sido feitas para coibir os crimes na Baixada?
FC – Criamos as Operações Preventivas Especiais (OPEs), que têm por objetivo aumentar o policiamento nas áreas onde nosso setor de inteligência identifica altos índices de homicídios. Enviamos equipes em viaturas por terra e contamos com o apoio de helicóptero da Polícia Civil para o caso de tentativa de fuga de criminosos. Nessas operações, procuramos cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, checar informações passadas pelo Disque Denúncia, mas também criar uma visibilidade de que a área está monitorada. O crime tem dois motivadores: oportunidade e falta de repressão.
D.O Notícias – Como é o retorno da população da região em relação à atuação da unidade?
FC – Temos uma relação muito próxima com os moradores da Baixada, participamos de reuniões com os conselhos comunitários. Recentemente, recebemos um abaixo-assinado, que parabenizava a ação da DHBF na prisão do assassino de um senhor, que era muito querido na região onde morava. Além disso, temos uma integração próxima com o Rio sem Homofobia, em casos ligados ao assassinato de homossexuais, e com o Ministério Público, que nos auxilia na emissão rápida de medidas cautelares.
D.O Notícias – O que está sendo feito para melhorar os índices de homicídios nos próximos meses?
FC – Estamos treinando policiais na investigação em relação à perícia, confronto balístico, técnicas de papiloscopia, DNA. Com isso, queremos melhorar o número de elucidações e intimidar e inibir a ocorrência de crimes, pois, quando isso acontece, o criminoso percebe que a polícia está mais atuante e a impunidade, menor. Em 2014, foi registrada a média de 5,39 homicídios por dia na Baixada. Nos cinco primeiros meses de 2015, já tivemos redução de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior, com média diária abaixo de 4,5. Nossa meta para junho é ficar abaixo de três homicídios por dia.
D.O Notícias – Como funciona a estrutura da DHBF?
Fábio Cardoso – Desde que foi inaugurada com o conceito de Delegacia Legal, seguindo os protocolos da Delegacia de Homicídios da capital, a DHBF vem cumprindo um papel extremamente importante na região onde atua. Contamos com cerca de 130 policiais, 10 delegados e 20 viaturas, e nossa missão é focar na investigação de homicídios e latrocínios que acontecem na Baixada Fluminense, que abrange uma área enorme, de Itaguaí a Guapimirim.
D.O Notícias – Quais os diferenciais dessa unidade para uma convencional?
FC – Além de ter um foco muito específico, a DHBF conta com o Grupo Especial de Local de Crime (GELC), que reúne um delegado, cerca de oito policiais, um perito criminal e um papiloscopista. Essa é a equipe que tem o primeiro contato com o local do crime. A orientação é que a chegada seja rápida, para evitar a perda de informações técnicas e testemunhais. Percebemos que as testemunhas, em geral, estão mais dispostas a falar o que viram logo após o crime, no calor da situação. Esse grupo também tem a missão de identificar, por exemplo, câmeras que ficam no entorno da ocorrência. A Justiça costuma ter preferência por provas periciais e de imagens, pois a contestação é mais difícil. Ao final do plantão desta equipe, no dia seguinte, um outro grupo da unidade assume a investigação e segue com ela até a conclusão. Com isso, evitamos a interrupção do processo e damos mais celeridade ao caso.
D.O Notícias - Como era a condução dos casos de homicídio antes da criação das DHs no modelo atual?
FC – A investigação das ocorrências era de responsabilidade das delegacias convencionais e as DHs entravam no caso quando a chefia de polícia solicitava. Agora, todos os homicídios ou latrocínios são conduzidos desde o começo por nossas equipes e também crimes conexos, como quadrilha, tráfico de drogas, mas sempre tendo o homicídio como objetivo.
D.O Notícias – Que tipos de ações têm sido feitas para coibir os crimes na Baixada?
FC – Criamos as Operações Preventivas Especiais (OPEs), que têm por objetivo aumentar o policiamento nas áreas onde nosso setor de inteligência identifica altos índices de homicídios. Enviamos equipes em viaturas por terra e contamos com o apoio de helicóptero da Polícia Civil para o caso de tentativa de fuga de criminosos. Nessas operações, procuramos cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, checar informações passadas pelo Disque Denúncia, mas também criar uma visibilidade de que a área está monitorada. O crime tem dois motivadores: oportunidade e falta de repressão.
D.O Notícias – Como é o retorno da população da região em relação à atuação da unidade?
FC – Temos uma relação muito próxima com os moradores da Baixada, participamos de reuniões com os conselhos comunitários. Recentemente, recebemos um abaixo-assinado, que parabenizava a ação da DHBF na prisão do assassino de um senhor, que era muito querido na região onde morava. Além disso, temos uma integração próxima com o Rio sem Homofobia, em casos ligados ao assassinato de homossexuais, e com o Ministério Público, que nos auxilia na emissão rápida de medidas cautelares.
D.O Notícias – O que está sendo feito para melhorar os índices de homicídios nos próximos meses?
FC – Estamos treinando policiais na investigação em relação à perícia, confronto balístico, técnicas de papiloscopia, DNA. Com isso, queremos melhorar o número de elucidações e intimidar e inibir a ocorrência de crimes, pois, quando isso acontece, o criminoso percebe que a polícia está mais atuante e a impunidade, menor. Em 2014, foi registrada a média de 5,39 homicídios por dia na Baixada. Nos cinco primeiros meses de 2015, já tivemos redução de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior, com média diária abaixo de 4,5. Nossa meta para junho é ficar abaixo de três homicídios por dia.
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