Clima seco e frio favorece evolução do plantio do trigo no RS
As condições meteorológicas registradas no início da
última semana, com clima seco e baixas temperaturas, favoreceram o
plantio das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul. As lavouras já
semeadas no estado alcançam 42% da área programada inicialmente; 38%
estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. De acordo com o
Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, o frio também
estimula o perfilhamento da cultura e torna as plantas menos suscetíveis
a doenças, beneficiando o trigo nessa fase inicial.
O
baixo preço do produto, aliado ao alto custo dos insumos, tem
estimulado muitos triticultores a reduzirem as doses de fertilizante no
momento do plantio. Entretanto, na região do Planalto, os técnicos da
Emater/RS-Ascar destacam a boa tecnologia que está sendo utilizada,
principalmente com a fertilização de base. Muitos agricultores estão
negociando pacotes de insumos para pagamento na safra em troca de trigo.
Nos
Campos de Cima da Serra, onde a semeadura do trigo ocorre por último no
Estado, o início da implantação das lavouras ocorreria nos últimos
dias, mas o clima foi desfavorável, com chuvas frequentes, mantendo alta
umidade do solo e impedindo a operação de plantio do trigo.
Na
região das Missões, que possui aproximadamente 6,3 mil hectares de
lavouras de cana-de-açúcar, o desenvolvimento da cultura é normal, com
boa parte sendo utilizada para alimentação animal. A produção de
derivados, como melado e açúcar mascavo, está sendo realizada nas
propriedades, e a indústria de etanol de Porto Xavier se prepara para
iniciar a colheita na próxima semana, com estimativa inicial de
produtividade próxima a 65 toneladas por hectare, segundo a
Emater/RS-Ascar.
No Litoral
Norte, tradicional no cultivo de pequenas áreas de cana-de-açúcar,
nesse momento já existe produto maduro, comercializado para
transformação, principalmente com a proximidade da chegada do inverno. A
cana está sendo vendida por aproximadamente R$ 150,00 a tonelada.
Com
relação à comercialização da cachaça, outro derivado da cana-de-açúcar,
o valor médio está entre R$ 3,00 a 3,50 o litro na propriedade, com o
preço variando entre R$ 5,00 e 10,00 o litro em feiras. O restante da
produção de cana é destinado à alimentação animal, sendo consumido
diretamente nas propriedades ou comercializado com outros criadores da
região.
Foto: Vanessa Almeida
Mateus de Oliveira
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