Violência na República Democrática do Congo coloca em risco resposta humanitária ao ebolapor ONU Brasil |
Um porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PMA) condenou na terça-feira (20) quaisquer atos de violência na República Democrática do Congo (RDC) que possam desacelerar a resposta humanitária ao surto de ebola no nordeste do país. Na sexta-feira (16), um ataque atingiu uma base da ONU e hotéis próximos que abrigavam funcionários das Nações Unidas na cidade de Beni.
Falando em coletiva de imprensa em Genebra, Herve Verhoosel pediu que todas as partes no conflito respeitem as leis humanitárias internacionais, acrescentando que o PMA não pode arcar com quaisquer perturbações às suas operações vitais.
“Quaisquer contratempos por conta de insegurança ameaçam desacelerar esforços para limitar a propagação do vírus. Logo, pedimos que todas as partes facilitem o trabalho vital de nossas equipes e agentes.”
Nenhum funcionário da ONU ficou ferido no ataque e, embora uma série de funcionários do PMA tenha sido temporariamente realocada para a cidade de Goma, a maioria permanece em Beni. Apesar da realocação, a agência pôde continuar sua assistência alimentar e seu apoio logístico, partes de uma resposta humanitária mais ampla ao surto de ebola no leste da RDC.
O ataque aconteceu somente dois dias após sete membros das forças de paz da ONU serem mortos e 10 ficarem feridos durante operação conjunta com forças do governo em Beni contra o grupo armado Forças Aliadas Democráticas.
O Programa Mundial de Alimentos apoia a resposta ao ebola ao transportar, entregar e armazenar suprimentos médicos, construir salas seguras para equipes de resposta e levar comida para pessoas que recebem tratamento em instalações médicas.
À medida que movimentações populacionais são um fator na propagação da doença, o PMA também fornece alimentos na região afetada para limitar estas movimentações.
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