ONU constrói acomodações temporárias para refugiados rohingya em Bangladesh

por ONU Brasil
Acampamento de refugiados rohingya em Cox's Bazar, em Bangladesh. Foto: OIM/Olivia Headon
Acampamento de refugiados rohingya em Cox's Bazar, em Bangladesh. Foto: OIM/Olivia Headon

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou na terça-feira (20) que aprimorou estruturas nos acampamentos de refugiados rohingya em Bangladesh para acomodações temporárias destinadas a situações de emergência.
Na primeira fase do projeto, apoiado pela União Europeia, 70 prédios comunitários estão disponíveis para acomodar temporariamente mais de 4.500 pessoas.
“A OIM e parceiros forneceram para mais de 100 mil famílias os materiais para ajudá-los a aprimorar seus próprios abrigos”, disse Manuel Pereira, coordenador de emergências da OIM em Cox’s Bazar.
No entanto, ele afirmou que “condições meteorológicas e ambientais em acampamentos significam que dezenas de milhares de famílias vivem com a percepção de que seus abrigos podem ser danificados ou destruídos a qualquer momento”.
As estruturas aprimoradas irão permitir que equipes de gerenciamento de abrigos da OIM protejam melhor refugiados afetados por deslizamentos, enchentes, condições climáticas ruins ou outros eventos inesperados que podem forçar a saída dos abrigos.
“Se condições climáticas ficarem ruins e tempestades destruírem nossos abrigos, pessoas da nossa área poderão ficar aqui com segurança por alguns dias”, disse o representante comunitário Mohammed Nur. “É um alívio para todos nós”, acrescentou.
O Reino Unido irá financiar uma segunda fase para a construção de outros 100 edifícios, que irão acomodar mais 10 mil pessoas.
Como a região é propensa a algumas das piores condições de monções do mundo — passando por duas temporadas de ciclones a cada ano —, a OIM explicou que a temporada seca fornece uma janela de oportunidade para aprimorar abrigos danificados. As instalações também serão usadas como alojamentos temporários pra famílias afetadas.
“Garantir que tenhamos instalações seguras e instáveis, nas quais pessoas possam se abrigar com segurança no caso de desastres, é de grande importância sob tais circunstâncias”, disse Pereira.
“Este projeto significa que mesmo se algumas pessoas estiverem vivendo em condições muito incertas, se o pior acontecer, nós ainda poderemos oferecer um local seguro”, acrescentou.
Quase 1 milhão de rohingyas vivem atualmente em Cox’s Bazar, após fugir da violência promovida pelas forças de segurança de Mianmar. Em agosto de 2017, cerca de 500 mil pessoas fugiram pela fronteira em apenas algumas semanas.
A maioria dos rohingyas vive dentro e nos arredores de Cox’s Bazar, que se tornou o maior assentamento de refugiados do mundo — um ambiente desesperadamente sobrecarregado propenso a deslizamentos e enchentes.

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