Encontro reforça participação social de crianças e adolescentes

Terminou nesta quinta-feira (22/11) a IX Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba. A apresentação da coreografia Liberdade, pelo grupo de hip-hop DanSales, da organização da sociedade civil Instituto Salesiano, marcou a última etapa do evento, realizado no campus Ecoville da Universidade Positivo. 
A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Elenice Malzoni, destacou a participação de crianças e adolescentes no encontro, considerada a maior  das conferências deste segmento. Cerca de 200 meninos e meninas de 9 a 17 anos atuaram como observadores, delegados e relatores de grupos de trabalho, além de fazerem apresentações artísticas.
Executado por 24 adolescentes ensaiados pelo professor Felipe Batista, o espetáculo de dança trouxe a mensagem da participação social e afirmação de direitos e se aproximou do tema do evento (Proteção Integral, Diversidade e Enfrentamento das Violências).  
Com 14 anos e estudando na mesma escola, o Colégio Estadual Santos Dumont, Gabrielly Fátima Euzebio e Nicolas Henrique de Souza estão entre os mais antigos do grupo.
“Nossa dança tem tudo a ver com a conferência: é sobre a importância dos jovens se expressarem e serem respeitados”, disse Nicolas. “Fiquei emocionada de dançar aqui. Nunca tinha vindo numa conferência assim, mas sei que é um momento muito importante pra nós”, definiu Gaby, como é chamada pelos amigos.
Primeiros passos
A performance antecedeu a plenária final da conferência, em que crianças e adolescentes também foram protagonistas. Marciom Cordeiro, de 16 anos, e Nathaly da Silva dos Santos, de apenas 9, atuaram como delegados e também relatores de grupos de discussão temática.
“Acho que comecei a me interessar por administração pública”, disse Marciom. Ele foi o relator do grupo encarregado de discutir Orçamento e Financiamento de Políticas Públicas, um dos cinco formados no evento.
Para o adolescente, que já fez cursos de auxiliar de escritório, empreendedorismo e marketing por meio do Centro de Referência de Assistência Social Vila Verde, na CIC, é importante que os jovens se interessem pela aplicação de recursos em projetos sociais. “Mas antes os técnicos precisam falar de uma forma que a gente entenda”, reivindicou, referindo-se à complexidade do tema.
Orgulhosa, Nathaly relatou as conclusões do grupo que discutiu Comunicação Social e Protagonismo. “Eu participo de um projeto que já ganhou prêmio sobre isso”, contou.
Responsável pela menina no evento, a assistente social e presidente do Centro de Transformação Social Vida Nova, Dóris Maria Faria, explicou que a estudante faz parte do projeto Protagonistas em Ação,  parceria da organização não-governamental com a Escola Municipal Piratini e que obteve o prêmio regional Itaú/Unicef 2017.
Pacientes e atentos
Contrariando o senso comum de que criança não consegue ficar sentada por muito tempo, os garotos Victor Fernandes e Murilo Batista provaram que uma conferência pode ganhar atenção por um bom tempo. Sentado entre os componentes da mesa diretora, entre adultos, Victor ajudou a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comtiba), Carla Braun, no andamento dos trabalhos e repassava informes à plenária.
Na plateia, por sua vez, Murilo Batista de Lima Morano fez observações sobre a redação de algumas propostas. As sugestões foram aceitas e ele, aplaudido. “Pode dizer ao seu professor de Português que ele está de parabéns, Murilo”, elogiou o superintendente da FAS, Luciano Martins. Como Victor, Murilo tem 10 anos.

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