Aceleração de startups converte ciência em novos negócios

Viabilizado por uma parceria entre a aceleradora Startup Farm e o Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, teve início dia 1º de maio a edição “Disrupt: transformando ciência em negócios tecnológicos” da Startup Farm, na USP. O programa, que terá duração de cinco semanas, conta com 15 equipes de empreendedores de todos os cantos do País selecionadas dentre quase cem inscritas. Além de favorecer o contato entre as equipes e a Universidade, estimulando a transferência de conhecimento e tecnologia, há a possibilidade de os professores atuarem como mentores das startups.
Programa conta com 15 equipes de empreendedores de todos os cantos do País
A ideia do projeto surgiu há um ano, quando o professor Fabio Kon, vice-diretor do CCSL, enxergou uma oportunidade de levar a iniciativa para a universidade após participar da 10ª edição da Startup Farm, onde falou sobre sua pesquisa acadêmica sobre ecossistemas de startups. Naquela edição, quatro ex-alunos do Departamento de Ciência da Computação do IME participaram em duas startups aceleradas e incentivaram a ideia de levar o programa para dentro da universidade. A parceria foi finalmente selada com o apoio do Núcleo de Empreendedorismo da USP (NEU), entidade criada por alunos de graduação para impulsionar o empreendedorismo no universo acadêmico.
Segundo Kon, o Brasil é um país com um nível de empreendedorismo relativamente forte, porém a maioria dos negócios por aqui é pouco tecnológico e de baixo valor agregado. “Salvo raras exceções, há pouca tradição em transformar pesquisa científica em negócios tecnológicos inovadores. Precisamos trabalhar para mudar isso”, enfatizou.Além de os participantes do programa terem acesso a um treinamento e mentorias de alta qualidade, a comunidade USP também se beneficiará com o projeto.
Transferência de conhecimento e tecnologia
O programa possibilitará o contato entre jovens empreendedores e professores, alunos e funcionários, aproximando a academia do setor produtivo em inovação tecnológica e favorecendo a transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade. Outro benefício interessante é que os professores também poderão atuar como mentores das startups em conjunto com a grande rede de mentores voluntários já catalogados pela Startup Farm nas edições anteriores.
Para Alan Leite, CEO da Startup Farm, a edição em São Paulo será muito especial. “Estamos esperando por novos resultados espetaculares da união da expertise da Farm com a competência técnica da comunidade USP. Queremos também deixar um legado para esse ecossistema acadêmico”, explicou. Nos programas anteriores, realizados em seis cidades diferentes, a Startup Farm acelerou 147 startups, entre elas a Easy Taxi, hoje presente em 40 países e considerado um dos maiores aplicativos de serviços móveis do mundo.
A Startup Farm é uma aceleradora-escola que tem por objetivo fomentar o empreendedorismo por intermédio de educação empreendedora, cultura e acesso a investimento. Ao colocar o empreendedor como eixo central de sua atuação, a Startup Farm oferece aos participantes de seus programas exposição a uma rede de mentores e facilitadores que, aliada aos seus parceiros institucionais, acadêmicos, grandes empresas e investidores, têm gerado casos de sucesso no mercado brasileiro e internacional, como o EasyTaxi, o WorldPackers, o NetShow.me e O Entregador (atual HelloFood).
Foto: Divulgação

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