Audiência na CRA aponta necessidade de apoio à pesquisa e de infraestrutura na aquicultura Da Redaçã
O clima favorável, a abundância de recursos hídricos e
a situação no centro geodésico do Brasil tornam propício o
desenvolvimento da aquicultura no Tocantins, segundo os participantes de
audiência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realizada
nesta sexta-feira (29) em Palmas. Senadores e especialistas - que
também discutiram as perspectivas da agricultura de baixo carbono -
ressaltaram a necessidade de apoio à pesquisa para maior progresso da
aquicultura, e também cobraram investimentos em infraestrutura e remoção
de entraves burocráticos.
Carlos Magno Rocha, chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura do Tocantins, classificou a aquicultura como o maior agronegócio do mundo, mas alertou que o Brasil está apenas "tateando" na exploração de seu grande potencial na área. Para ele, o país pode assumir posição de destaque na criação de peixes - 50% das espécies que existem, principalmente no mar, estão sobreexploradas, e muitas em risco de extinção. Por isso, temos que fazer aquicultura - comentou, citando dados de 2008.
Para Clemente Barros Neto, secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Tocantins é o "estado das águas", com o potencial de produzir 900 mil toneladas de pescado por ano. Ele chamou atenção para a demanda de investimento em tecnologia na aquicultura, e saudou o convênio celebrado com a Embrapa que deverá impulsionar a iniciativa privada na criação de peixes no estado.
Segundo Sílvia Setúbal, professora do Instituto Federal de Educação do Tocantins, falta capacidade técnica e assessoria para empreendimentos de pesca e aquicultura, incluindo a melhoria da infraestrutura das colônias de pesca, e a formação nessas áreas é dificultada pela falta de criação de cursos permanentes.
No mesmo sentido, representando o Ministério da Pesca e Aquicultura, Luís Sabanay destacou o baixo impacto da produção de pescado na geração de carbono. Ele chamou a atenção para a questão da distribuição da água, que, em seu ponto de vista, deve ser um fator de distribuição de justiça, e afirmou que o gerenciamento dos recursos hídricos requer "fortíssima" presença do Estado.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidiu a audiência, criticou a falta de integração entre os órgãos responsáveis pelo apoio aos aquicultores e lamentou o desconhecimento dos brasileiros sobre o potencial da aquicultura no país.
- Notamos que há uma "desintegração" entre os diversos órgãos, seja de governo, seja do setor privado. Há uma falta de comunicação sobre o que é a pesca: o Brasil não sabe a riqueza que tem. Com as redes virtuais, é inadmissível que a gente não use esse espaço para mostrar o que nós temos - afirmou.
A audiência foi realizada no auditório da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) e contou com a participação de telespectadores e ouvintes que enviaram suas perguntas através do Alô Senado e do portal e-Cidadania.
Carlos Magno Rocha, chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura do Tocantins, classificou a aquicultura como o maior agronegócio do mundo, mas alertou que o Brasil está apenas "tateando" na exploração de seu grande potencial na área. Para ele, o país pode assumir posição de destaque na criação de peixes - 50% das espécies que existem, principalmente no mar, estão sobreexploradas, e muitas em risco de extinção. Por isso, temos que fazer aquicultura - comentou, citando dados de 2008.
Para Clemente Barros Neto, secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Tocantins é o "estado das águas", com o potencial de produzir 900 mil toneladas de pescado por ano. Ele chamou atenção para a demanda de investimento em tecnologia na aquicultura, e saudou o convênio celebrado com a Embrapa que deverá impulsionar a iniciativa privada na criação de peixes no estado.
Segundo Sílvia Setúbal, professora do Instituto Federal de Educação do Tocantins, falta capacidade técnica e assessoria para empreendimentos de pesca e aquicultura, incluindo a melhoria da infraestrutura das colônias de pesca, e a formação nessas áreas é dificultada pela falta de criação de cursos permanentes.
Baixo carbono
Carlos Magno Rocha, ao avaliar positivamente as perspectivas da agricultura de baixo carbono no Brasil, assinalou o aumento da contribuição do país para a segurança alimentar do mundo, mas lembrou que restam "muitos desafios". Ele contestou as críticas da imprensa internacional ao desmatamento no Brasil, atribuindo-as a uma percepção injusta sobre um país que tem "feito o dever de casa" na preservação e a um conjunto de "interesses comerciais".No mesmo sentido, representando o Ministério da Pesca e Aquicultura, Luís Sabanay destacou o baixo impacto da produção de pescado na geração de carbono. Ele chamou a atenção para a questão da distribuição da água, que, em seu ponto de vista, deve ser um fator de distribuição de justiça, e afirmou que o gerenciamento dos recursos hídricos requer "fortíssima" presença do Estado.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidiu a audiência, criticou a falta de integração entre os órgãos responsáveis pelo apoio aos aquicultores e lamentou o desconhecimento dos brasileiros sobre o potencial da aquicultura no país.
- Notamos que há uma "desintegração" entre os diversos órgãos, seja de governo, seja do setor privado. Há uma falta de comunicação sobre o que é a pesca: o Brasil não sabe a riqueza que tem. Com as redes virtuais, é inadmissível que a gente não use esse espaço para mostrar o que nós temos - afirmou.
A audiência foi realizada no auditório da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) e contou com a participação de telespectadores e ouvintes que enviaram suas perguntas através do Alô Senado e do portal e-Cidadania.
Agência Senado
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