País sinaliza com corte de custos e melhora de serviços
Valor Econômico -
O Brasil acenou na Organização
Mundial do Comércio (OMC) com melhoras no desembaraço de mercadorias nos
portos este ano e insistiu que trabalha para melhorar os serviços e
reduzir custos nas transações. No último dia do exame de sua política
comercial pelos membros da OMC, o Brasil atribuiu o atraso nas aduanas
no ano passado a greves no setor público e problemas de infraestrutura,
mas apontou possíveis melhoras.
Representantes
brasileiros na organização disseram que, nos últimos dois anos, foram
investidos US$ 250 bilhões em infraestrutura, o mesmo montante deve ser
investido até o fim de 2014 e que o país adotou medidas para estimular
investimentos privados nos portos.
Em
relação às queixas sobre a complexidade do sistema tributário, a
delegação brasileira disse que os parceiros "podem contar com o apoio do
setor privado brasileiro para pressionar por racionalização e
simplificação", mas avisou que se trata de esforço de longo prazo, e que
o governo decidiu, em vez de uma reforma "Big Bang", adotar uma
abordagem mais gradual.
O
país defendeu a adoção de medidas de defesa comercial, insistindo que
respeita as regras internacionais. Reiterou que não houve mudanças
importantes nos programas de financiamento às exportações. Sobre as
reclamações envolvendo exigência de licença de importação, a delegação
brasileira informou que a maioria envolve produtos que podem trazer
risco à saúde humana, animal e ambiental. Sob pressão para aderir ao
Acordo de Compras Governamentais, o que implicaria abrir mais esse
mercado para fornecedores externos, o Brasil avisou que não tem planeja
participar desse compromisso.
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