Atividade industrial cai 0,9% em maio; Fiesp deve revisar para baixo estimativas para 2013 
Segundo diretor-adjunto de Economia da Fiesp, cenário atual torna a tarefa mais difícil qualquer previsão
O
 Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista registrou 
queda de 0,9% em maio contra abril na série com ajuste sazonal, mostrou 
pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo 
(Fiesp e Ciesp), divulgada nesta quinta-feira (27/06).  A entidade deve 
revisar para baixo a projeção para o desempenho do setor e para o 
Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.
Segundo
 o diretor-adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 
(Depecon), Walter Sacca, o INA acumula elevação de 4,7% entre janeiro e 
maio de 2013 comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No 
entanto, esse percentual deve se reduzir a longo do ano, já que esse 
crescimento se deu sobre uma base de comparação muito fraca em 2012.
“Deve
 haver uma redução do crescimento que a gente está verificando do índice
 de atividade, baseado na perspectiva mais conservadora de crescimento 
do PIB e no fato que a gente vai começar a comparar com um número maior 
de atividade no segundo semestre do ano passado”, afirmou Sacca.
Em
 maio, a Fiesp divulgou que esperava um crescimento de 2,5% do PIB e de 
3,2% da atividade industrial. As estimativas devem ficar mais 
pessimistas.
“Se
 já era difícil fazer previsão dentro do ambiente econômico que o país 
estava vivendo. Nas circunstâncias atuais, com as mudanças 
comportamentais que estão sendo introduzidas pelo protesto popular, as 
previsões tornam-se ainda mais difíceis de fazer, mais imprevistas”, 
afirmou.
Desempenho da Indústria
Na leitura sem ajuste sazonal, o índice de atividade industrial apresentou variação positiva de 1,4% na comparação entre maio em abril. De janeiro a maio deste ano a atividade cresceu em 4,7%. No acumulado de 12 meses, o nível ficou estável. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o desempenho da indústria em maio deste ano cresceu 1,4%.
O
 Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou 
estabilidade em 81,6% em maio, versus 81,9% em abril deste ano. Na 
leitura sem ajuste sazonal, o componente também ficou estável, a 82,2% 
em abril e maio.
Dos
 setores avaliados pela pesquisa em maio, o segmento de Metalúrgica 
Básica apresentou ganhos de 6% na leitura mensal considerando os efeitos
 sazonais.
Já a atividade nos setores de Alimentos e Produtos Químicos registrou perdas de 2% e 0,3% respectivamente.
“Não
 há homogeneidade de crescimento, nem uma homogeneidade de queda. Há uma
 oscilação, com exceção de um ou outro setor”, explicou Sacca.  De 
acordo com ele, a inflação sobre os preços dos alimentos prejudicou a 
indústria do setor, mas “há uma expectativa que se espera que seja 
parcialmente corrigida ao longo do ano e não deve permanecer nos níveis 
elevados nem continuar com uma elevação desproporcional”.
Percepção dos empresários
A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de junho, medida pelo Sensor Fiesp, ficou estável: 50,8 pontos contra 51,6 pontos em maio.
O
 item Mercado foi o único que apresentou uma piora na sondagem, caindo 
de 53,1 pontos em maio para 50,3 pontos em junho. Já a percepção dos 
empresários com relação aos demais setores não apresentou mudança 
expressiva entre maio e junho.
O
 componente de Vendas ficou em 47,2 pontos no mês corrente contra 46,6 
pontos em maio. O indicador Estoque ficou em 50 pontos este mês ante 
51,2 pontos no mês anterior.
O
 item Emprego ficou em 51,6 pontos atuais versus 51,7 pontos em maio, e a
 percepção quanto ao Investimento se manteve em 55,2 pontos.
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