Projeto de aquicultura beneficia produtores do Nordeste

Trezentos aquicultores de 20 municípios da Paraíba estão envolvidos na atividade
Luciana Oliveira
João Pessoa - Cento e oitenta municípios dos nove estados da região Nordeste irão trabalhar de forma integrada para desenvolver a aquicultura. Cerca de 3,4 mil aquicultores da região serão beneficiados com o projeto Aquinordeste, que visa a garantir a competitividade e a sustentabilidade da atividade. De acordo com dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a atividade é o segmento pecuário de maior crescimento nas três últimas décadas no Brasil.
“Apesar da estiagem no Nordeste, a produção aquícola tem apresentado boas perspectivas.Há uma margem de lucro relevante na atividade, o que contribui para o desenvolvimento econômico da região”, ressalta o analista do Sebrae na Paraíba e gestor do Aquinordeste, Jucieux Palmeira.
Na Paraíba, o projeto irá beneficiar 300 aquicultores de 20 municípios, além de duas cooperativas e 15 associações. A produção será focada no cultivo de ostra, tambaqui e tilápia. “No Nordeste, a aquicultura está relacionada à produção familiar e associativista e é desenvolvida de maneira informal. Se a atividade for tratada de forma empresarial e competitiva, será capaz de melhorar a renda dos produtores”, afirma Jucieux.
Para o secretário-executivo da Pesca da Paraíba, Sales Dantas, o projeto se encaixa na necessidade de aumentar a produção de pescados no estado. “A aquicultura é uma das atividades que mais cresce no mundo por oferecer uma proteína branca, saudável e saborosa. Com o projeto, vamos sincronizar as ações, identificar as dificuldades e encontrar soluções”.
O projeto, coordenado pelo Sebrae na Paraíba e Sebrae na Sergipe, desenvolve ações para fortalecer a cadeia produtiva da aquicultura em todo o Nordeste. “Esse é um projeto regional e estruturante, pelo qual iremos padronizar processos, fazer estudo de mercado, regularizar o licenciamento ambiental, buscar políticas fiscais e tributárias que desenvolvam o setor, entre outras ações”, explica Jucieux.

Neste mês, consultores e órgão envolvidos no projeto realizaram reuniões de trabalho em sete estados nordestinos. No início de julho, haverá ainda reuniões em Sergipe e Bahia. Em cada estado está sendo apresentado o passo a passo para o levantamento dos procedimentos e custos de regularização do licenciamento ambiental, outorga de recursos hídricos e cessão de área. “Estamos realizando reuniões in loco com as instituições envolvidas no tema. Todas as informações são repassadas para os estados, a fim de integrarmos nosso trabalho”, explica Jucieux Palmeira. Segundo ele, esses encontros trazem melhorias e padronização para os procedimentos de regularização ambiental dos cultivos agrícolas, atendendo às exigências dos órgãos ambientais.

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