Ruben Figueiró lamenta morte de índio em reintegração de posse no Mato Grosso do Sul
Da Redação
Para o senador, foi o “ápice de um clima de tensão gerado há meses pela intolerância e insensatez". Na opinião dele, durante todo o tempo, o problema foi negligenciado pelo governo federal e era uma tragédia anunciada.
– Cabe ao governo federal encontrar meios para preventivamente diminuir a animosidade entre brasileiros que poderiam viver pacificamente e não o fazem. Espero que fatos lamentáveis não se espalhem por outras regiões do estado – afirmou.
Segundo Ruben Figueiró, a população sul-matogrossense está traumatizada, quer a ordem pública de volta e exige o respeito aos direitos dos fazendeiros, assim como os dos indígenas.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), em aparte, disse que o fato merece todo o repúdio e mostra dificuldades que o Brasil encontra para combinar seus interesses.
– Em pleno século 21, o Brasil aparece para o mundo como um país onde se matam índios – protestou.
Os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Paulo Paim (PT-DF) também lamentaram a violência e lembraram que a Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) havia feito recentemente uma audiência pública, quando ficou evidente a preocupação com os conflitos cada vez mais intensos.
– Todos sabíamos que isso poderia acontecer, e foi proposta até emenda ao Orçamento para a realização de indenizações [aos fazendeiros]. Nada foi feito e, mais uma vez, a parte mais fraca perde, que é o índio – disse o senador, que defendeu a imediata indenização a quem tem direito e a demarcação das terras da população indígena.
Agrotóxicos
Ruben Figueiró também aproveitou seu tempo na tribuna para pedir apoio dos colegas para a rápida aprovação do PLS 209/13,
de autoria dele, que estabelece um novo marco regulatório ao setor de
agrotóxicos no Brasil. Entre outras providências, o projeto agiliza os
procedimentos e prazos para registros de novos produtos.– Os processos burocráticos do Ministério da Agricultura, do Ibama e da Anvisa prejudicam a evolução das pesquisas no setor de agrotóxicos e fertilizantes. É impensável que no século 21 o registrante precise de três dossiês a serem entregues a vários órgãos distintos do poder público. São necessários até 40 meses para o registro de um produto novo. E o tempo de espera pode chegar a 12 anos na fila – reclamou.
Agência Senado
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