Aloysio Nunes critica condução da política econômica pelo governo Dilma

Da Redação
Ao comentar o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse em Plenário, nesta sexta-feira (31), que o resultado "só reflete a situação ruim pela qual passa o país", com inflação num patamar “perigosamente” elevado, contas externas deterioradas e situação fiscal agravada por desonerações tributárias feitas sem critério.
- É um emaranhado de problemas que não podem mais ser resolvidos com simples retoques, num quadro que apresenta sinais de irreversibilidade. Vamos para o terceiro ano do governo Dilma Rousseff com paralisia, estagnação e perda de perspectiva - afirmou.
Estradas
O senador por São Paulo também fez críticas às concessões das rodovias federais. Para ele, o governo descobriu tardiamente que é preciso atrair investimentos privados a setores da economia.
- O governo Lula [2003-2010] demorou cinco anos para perceber que seria importante abrir para investimentos em rodovias. Foram feitas licitações com resultados pífios. Na maioria das rodovias concedidas, cobrou-se pedágio e os investimentos não foram feitos adequadamente - lamentou.
Aloysio Nunes apontou "esquisitices" no recente pacote de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff, entre elas a limitação do lucro das empresas interessadas nas concessões.
- Se uma concessionária cumprir todo o cronograma de investimento e conseguir, mediante o desenvolvimento tecnológico ou melhoria de gestão, uma margem de lucro maior, é natural que este lucro permaneça com ela. Não faz sentido tabelar o lucro de uma empresa privada interessada numa concessão. É absurdo. Por isso receio que o novo leilão anunciado pela presidente se fruste e a situação caótica das estradas continue - reclamou.
Mineração
O parlamentar apontou ainda paralisia nos investimentos no setor da mineração, devido à ausência do marco regulatório anunciado pelo presidente Lula em 2009 e que até hoje não está pronto.
- O governo anuncia que haverá novo marco regulatório este ano e espero que a proposta venha sob forma de projeto de lei e não mais por medida provisória. Senão vamos nos submeter a uma nova trapalhada semelhante àquela gerada pelo marco regulatório do petróleo - opinou.
Depois de criticar os problemas enfrentados pelos portos brasileiros e a demora para a realização de leilões de novos campos de petróleo, Aloysio Nunes finalizou seu discurso dizendo que o Brasil está sendo levado a uma "encralacada" de enorme tamanho da qual não sairá tão cedo a menos que haja uma mudança de rumo do governo ou mesmo uma mudança do próprio governo.
Agência Senado

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