Para Renan Calheiros, decreto mostra que decisão de não ler MP foi correta
Rodrigo Baptista
O presidente do Senado, Renan Calheiros, declarou nesta sexta-feira (31) que a decisão do Senado de não votar a MP 605/2013 não provocou nenhum prejuízo para o país.
 Ele sublinhou que o governo editou decreto garantindo os descontos na 
tarifa de energia elétrica, uma das alternativas por ele sugeridas para 
que não houvesse um "atropelamento das funções do Senado", com a votação
 acelerada de mais uma medida provisória.
O decreto, que segundo o governo terá 
caráter provisório, permite que a Agência Nacional de Energia Elétrica 
(Aneel) autorize a Eletrobras a repassar recursos da Conta de 
Desenvolvimento Energético (CDE) às distribuidoras de energia para 
garantir os descontos na conta de luz. O desconto das tarifas de energia
 também deverá ser incluído no texto da MP 609/2013, conforme sugestão apresentada pelos líderes na última quarta-feira (29).
- Eu disse em todos os momentos que a 
presidente [Dilma Rousseff] compreendia muito bem o funcionamento das 
instituições democráticas. E apresentei na oportunidade caminhos para 
que houvesse transferências de recurso da CDE para pagamento das 
despesas que o governo está tento com as termoelétricas. Eu apoio o 
decreto – afirmou.
Mais cedo, em Plenário, o presidente do Senado já havia defendido as prerrogativas da Casa na votação de MPs.
Em aparte, o senador Paulo Paim 
(PT-RS), parabenizou a iniciativa de Renan Calheiros de não fazer a 
leitura de medidas provisórias que cheguem ao Senado com menos de sete 
dias de prazo de validade. Também em aparte, o senador Pedro Simon 
(PMDB-RS) apoiou a decisão de estabelecer um prazo mínimo de análise das
 medidas provisórias  na Casa.
Agência Senado
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