Casildo Maldaner pede ações de longo prazo para estimular crescimento

Da Redação

O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) cobrou do governo federal, nesta terça-feira (22), medidas econômicas mais amplas e profundas para estimular o crescimento econômico do país. Na avaliação do senador, as medidas anunciadas até agora pelo governo podem ser eficientes no curto prazo, mas não seriam estratégias viáveis, no longo prazo, para desafogar os gargalos que “asfixiam” o crescimento sustentável.
Entre as ações citadas pelo senador estão o estímulo ao consumo interno, por meio de juros mais baixos, redução de impostos e oferta de crédito. Essas ações teriam, no entanto, “efeitos colaterais”, como forte pressão inflacionária e tendência para elevação do endividamento das famílias e da inadimplência, que já estaria crescendo mês a mês.
Para combater as consequências negativas, o governo terá de acionar mecanismos de defesa, como o aumento da taxa básica de juros (taxa Selic) e retorno de impostos agora suspensos, numa “política do morde e assopra”, segundo Casildo.
– Medidas como essas podem até surtir efeito imediato, e sinceramente esperamos que sejam bem-sucedidas, mas adiam as reformas estruturais indispensáveis para o crescimento econômico e social de forma descentralizada. Entendo que seja este o momento para a discussão de uma reforma mais ampla, que dote nosso país do necessário ambiente de competitividade internacional de que precisamos – defendeu o senador, ressaltando a importância de se fazer, por exemplo, uma reforma tributária.
Valorização do dólar
Casildo manifestou preocupação também com a valorização do dólar frente ao real, de quase 20% nos últimos três meses. A medida é benéfica aos exportadores, mas eleva o preço dos insumos cotados na moeda americana, encarecendo produtos no mercado interno e forçando a inflação, comentou.
Para o senador, o mesmo se dá com a uniformização do ICMS sobre importados, aprovado pelo Senado por meio do Projeto de Resolução 72/2010. Casildo destacou que a medida busca estimular a produção nacional com o fim da chamada “guerra dos portos”, mas acaba criando uma “distorção maléfica”: fortalece os grandes centros de consumo, causando concentração de desenvolvimento em algumas regiões, enquanto retira de outras seus poucos recursos financeiros.
– Questiono novamente: há um plano do governo federal, um plano não de consumo, mas um plano de preservação e crescimento descentralizado entre seus entes federados? Refiro-me a uma ação planejada que vá além da concessão de empréstimos via BNDES, que é uma espécie de compensação que acaba por comprometer ainda mais a dívida dos estados, já que é preciso devolver o recurso com juros. Acho que nós precisamos é pensar um pouco mais a longo prazo, até para darmos condições às nossas indústrias para competir no campo internacional – argumentou.
Em aparte, o senador Wellington Dias (PT-PI) concordou com a necessidade de se reduzir não apenas os juros, mas também os impostos.
Agência Senado

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