CPI pode analisar convocação de governadores e quebra de sigilo da Delta em âmbito nacional
Elina Rodrigues Pozzebom
Requerimentos para a convocação dos governadores Sérgio Cabral
(PMDB), Agnelo Queiroz (PT) e Marconi Perillo (PSDB) e para a quebra dos
sigilos bancário, fiscal e telefônico da matriz da Delta Construtora
devem ser votados na reunião da CPI do Cachoeira marcada para 5 de
junho. A informação foi dada pelo presidente da comissão, senador Vital
do Rêgo (PMDB-PB).
– Cada governador é um caso, não podemos achar que vamos votar [a convocação de] governadores em bloco, ou como uma votação simples. Precisamos analisar, são governadores de diversos partidos, então não tem blindagem, conveniência, acordo, arrumação. Vamos votar cada caso – disse o presidente, em entrevista à imprensa após o encerramento da audiência.
Durante a reunião, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) lembrou que Cláudio Abreu, diretor da Delta na região Centro-Oeste tinha procurações para movimentar as contas da empresa com sede no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), também em entrevista à imprensa. Segundo disse, Abreu era procurador da empresa e, para fazer isso, precisaria ter a conivência e a participação de diretores nacionais.
Vital do Rêgo também afirmou que há fortes indícios de que os diretores nacionais da Delta tinham conhecimento do envolvimento de Cláudio Abreu com Carlinhos Cachoeira.
– Se os parlamentares entenderem que a extensão da gravidade dos fatos que envolvem a Delta nacional pode atingir o país inteiro, [o sigilo do] CNPJ geral da empresa pode ser aberto – disse Vital.
– A transferência do sigilo bancário, fiscal e telefônico de todos os envolvidos talvez seja o grande passo da CPI – disse o senador.
Já foram mais de cem pedidos de quebra de sigilo aprovados. Os dados devem chegar até a próxima semana, pois os ofícios já foram expedidos, disse.
Na opinião de Vital do Rêgo, os parlamentares foram ansiosos em tentar ouvir “aqueles que já estavam ouvidos e falar com quem já tinha falado”. Cachoeira, por exemplo, já falou nos inquéritos da Polícia Federal, a promotores e delegados e falará ainda ao juiz da 11ª Vara Federal em Goiânia, onde deporá nos dias 31 de maio e 1º de junho. O teor do depoimento será requisitado, informou Vital, e então as informações serão confrontadas com os dados em poder da comissão.
Dadá, sargento da Aeronáutica, é suspeito de arregimentar policiais para as atividades criminosas. Também é suspeito de ser “araponga” do grupo, mesma atividade atribuída a Jairo Martins de Souza.
Já Garcez é apontado como um dos principais colaboradores da organização criminosa que seria comandada por Cachoeira e seria facilitador do grupo junto a agentes públicos, como as policiais civis e militares de Goiás.
Para evitar situações como a do depoimento de Cachoeira, que ficou em silêncio, o presidente da comissão informou que conversará com os líderes para montar uma estratégia “que possa ser mais adequada e produtiva para a quinta-feira”. Uma possibilidade seria transformar a reunião em administrativa para votação de novos pedidos de quebra de sigilo, antes da reunião agendada para o dia 5. Vital do Rêgo informou ainda que, a partir da próxima semana, a CPI realizará atividades em todas as terças, quartas e quintas-feiras.
Na terça-feira (29), às 14h, será a vez do depoimento de Cláudio Abreu, diretor da Delta. Os outros três depoentes, José Olimpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira e Lenine Araújo de Souza, vão depor na quarta-feira (30), às 10h15. No dia 31, também às 10h15, será a vez do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
– Cada governador é um caso, não podemos achar que vamos votar [a convocação de] governadores em bloco, ou como uma votação simples. Precisamos analisar, são governadores de diversos partidos, então não tem blindagem, conveniência, acordo, arrumação. Vamos votar cada caso – disse o presidente, em entrevista à imprensa após o encerramento da audiência.
Durante a reunião, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) lembrou que Cláudio Abreu, diretor da Delta na região Centro-Oeste tinha procurações para movimentar as contas da empresa com sede no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), também em entrevista à imprensa. Segundo disse, Abreu era procurador da empresa e, para fazer isso, precisaria ter a conivência e a participação de diretores nacionais.
Vital do Rêgo também afirmou que há fortes indícios de que os diretores nacionais da Delta tinham conhecimento do envolvimento de Cláudio Abreu com Carlinhos Cachoeira.
– Se os parlamentares entenderem que a extensão da gravidade dos fatos que envolvem a Delta nacional pode atingir o país inteiro, [o sigilo do] CNPJ geral da empresa pode ser aberto – disse Vital.
Provas documentais
Na avaliação de Vital do Rêgo, os demais convocados pela CPI devem
repetir a estratégia de Cachoeira – manter-se em silêncio. Por isso, a
CPI precisa se ater ao caráter investigativo e analisar as provas
documentais, que chegarão com os pedidos de transferência de sigilo já
aprovados.– A transferência do sigilo bancário, fiscal e telefônico de todos os envolvidos talvez seja o grande passo da CPI – disse o senador.
Já foram mais de cem pedidos de quebra de sigilo aprovados. Os dados devem chegar até a próxima semana, pois os ofícios já foram expedidos, disse.
Na opinião de Vital do Rêgo, os parlamentares foram ansiosos em tentar ouvir “aqueles que já estavam ouvidos e falar com quem já tinha falado”. Cachoeira, por exemplo, já falou nos inquéritos da Polícia Federal, a promotores e delegados e falará ainda ao juiz da 11ª Vara Federal em Goiânia, onde deporá nos dias 31 de maio e 1º de junho. O teor do depoimento será requisitado, informou Vital, e então as informações serão confrontadas com os dados em poder da comissão.
Audiências
Para a próxima quinta-feira (24) estão marcados três depoimentos:
Jairo Martins de Souza, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Wladimir
Garcez.Dadá, sargento da Aeronáutica, é suspeito de arregimentar policiais para as atividades criminosas. Também é suspeito de ser “araponga” do grupo, mesma atividade atribuída a Jairo Martins de Souza.
Já Garcez é apontado como um dos principais colaboradores da organização criminosa que seria comandada por Cachoeira e seria facilitador do grupo junto a agentes públicos, como as policiais civis e militares de Goiás.
Para evitar situações como a do depoimento de Cachoeira, que ficou em silêncio, o presidente da comissão informou que conversará com os líderes para montar uma estratégia “que possa ser mais adequada e produtiva para a quinta-feira”. Uma possibilidade seria transformar a reunião em administrativa para votação de novos pedidos de quebra de sigilo, antes da reunião agendada para o dia 5. Vital do Rêgo informou ainda que, a partir da próxima semana, a CPI realizará atividades em todas as terças, quartas e quintas-feiras.
Na terça-feira (29), às 14h, será a vez do depoimento de Cláudio Abreu, diretor da Delta. Os outros três depoentes, José Olimpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira e Lenine Araújo de Souza, vão depor na quarta-feira (30), às 10h15. No dia 31, também às 10h15, será a vez do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Agência Senado
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