Novo Ligeirão Norte-Sul reduz tempo de trajeto pela metade e dá uso a obra finalizada em 2014




Uma solução de transporte que Curitiba espera há quatro anos finalmente vai sair do papel. O Ligeirão Norte-Sul, em sua primeira etapa de funcionamento, deverá transportar 36 mil passageiros por dia com ganho de tempo na ligação entre o Terminal Santa Cândida e a estação Bento Viana, no Batel.

Além do tempo para cobrir o trajeto ser reduzido pela metade, o Ligeirão resultará em outros benefícios imediatos, como maior conforto aos usuários, reforço na integração com outras linhas nos terminais e o uso da chamada infraestrutura de ultrapassagem, ociosa desde a entrega das obras de desalinhamento das estações-tubo na pista exclusiva de ônibus, iniciadas em meados de 2011 e finalizadas em 2014 a um cuso de R$ 16 milhões.
O projeto para o funcionamento do primeiro trecho do Ligeirão Norte-Sul está em fase final de estudo.
Com o funcionamento da linha, a estimativa é que as viagens no percurso entre os terminais desde o Norte da cidade ao Batel e vice-versa sejam até 20 minutos mais rápidas (metade do tempo atual), em comparação com o tempo gasto com a paradora Santa Cândida/Capão Raso.
O ganho de tempo ocorre porque o Ligeirão terá oito pontos de parada, enquanto a linha atual, que continuará em circulação, tem 16 no trajeto.
Na ligação do Norte no sentido Sul os ônibus farão o retorno vazios pelo sistema viário existente no entorno da Praça do Japão – a estrutura da praça continua exatamente a mesma da atual, sem nenhum prejuízo a este espaço público.

A Linha Direta fará o desembarque final na estação Bento Viana, o retorno pelo entorno da Praça do Japão e o embarque na estação do lado oposto com sentido ao Terminal Santa Cândida.
Temporária
Quando forem concluídas as obras para a ultrapassagem na canaleta no eixo sul, o Ligeirão deixará de retornar da Praça do Japão, seguindo ao Terminal Capão Raso ou Pinheirinho. A Prefeitura já conseguiu aprovar com a Caixa Econômica Federal cinco projetos, no total de R$ 15 milhões, para as obras de ultrapassagem nas estações Silva Jardim, Dom Pedro I, Morretes, Carlos Dietzsch (Igreja do Portão) e Itajubá.
Intervenções viárias
Para o retorno da Linha estão previstas duas intervenções. uma para saída da canaleta próxima da Estação Bento Viana e um acesso de reentrada, situado pouco abaixo da Praça do Japão.
A primeira intervenção para permitir a operação da linha prevê a abertura em forma de “agulha” em uma extensão de 25 metros, no divisor de pista da canaleta, para incorporação do ônibus junto ao trafego da via lenta da Avenida 7 de Setembro – sentido Praça do Japão.

A segunda obra prevê a reabertura do antigo retorno para ônibus, abaixo do término do traçado da Praça, (lado Sul) numa extensão de 45 metros, permitindo a operação de retorno do ônibus à canaleta da Avenida Sete de Setembro. 
O semáforo de travessia próximo a Rua Francisco Rocha será mantido, bem como, será instalada uma faixa de pedestres elevada na via lenta da Avenida 7 de Setembro – sentido Praça do Japão, nas imediações da estação Bento Viana visando a orientar o deslocamento de pedestres no entorno da estação.
Paradores
São duas as linhas paradoras de ônibus biarticulados que circulam pelos eixos da 7 de Setembro e República Argentina passando pela Praça do Japão:  a linha 203 (Santa Cândida-Capão Raso) e a 603 (Pinheirinho-Rui Barbosa).
Desde o Santa Cândida até a estação Bento Viana, no Batel, a linha paradora Santa Cândida-Capão Raso faz o embarque e desembarque de passageiros num intervalo médio de 500 e 500 metros – são 16 estações e três terminais (Boa Vista, Cabral e Central). Hoje, a linha paradora atende a 90 mil passageiros/dia neste trecho (Santa Cândida / Bento Viana).
Nesse itinerário, o Ligeirão terá oito pontos de parada nos terminais do Santa Cândida, Boa Vista, Cabral e nas estações Passeio Público, Central, Eufrásio Correa, Oswaldo Cruz e Bento Viana. A expectativa é que a linha direta absorva 40% da demanda da linha paradora.
Estrutural
O Setor Estrutural por onde circulam essas linhas é um marco do planejamento de Curitiba que pela integração do sistema viário, ao transporte público e ao uso do solo possibilitando acesso por meio de ônibus a casa, ao trabalho e ao lazer com tarifa integrada.
Implantado em 22 de setembro de 1974, o sistema de ônibus expresso foi copiado mundo afora ganhando o nome de Bus Rapid Transit (BRT).

A primeira linha de ônibus expresso na ligação sul-centro foi a Capão Raso-Passeio Público, que fazia o retorno na Praça 19 de Dezembro e tinha o terminal central na Barão do Rio Branco.

A primeira ligação com o norte da cidade por canaleta exclusiva foi feita pela linha Santa Cândida/Praça Rui Barbosa.
Hoje são seis eixos com 81 quilômetros de canaletas – outros dez quilômetros estão em construção, na Linha Verde Norte.

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