Penitenciária de Presidente Venceslau já tem bloqueador de celular


Inicialmente, equipamentos são instalados nos presídios onde há presos líderes de facções criminosas e de alta periculosidade
Começou nesta sexta-feira, 31, a operação dos bloqueadores de telefonia celular na Penitenciária II "Maurício Henrique Guimarães Pereira", em Presidente Venceslau. A unidade prisional está sendo a primeira das 23 que vão receber o equipamento. "Demos o primeiro passo. Em seguida, depois de Venceslau, nós vamos para Avaré", afirmou o governador Geraldo Alckmin.

"A tecnologia avançou, porque no passado, ou ficavam sombras dentro da penitenciária, permitindo ainda algum tipo de comunicação, ou incomodavam os vizinhos, os bairros, era difícil limitar apenas à penitenciária", explicou Alckmin.

O sistema da empresa Neger Tecnologia e Sistemas Ltda., vencedora da licitação, tem como base a geração de ruído (jamming) nas faixas de frequência dos serviços SMP (serviço móvel pessoal), SME (serviço móvel especializado) e rede Wi-Fi. Os aparelhos ficam sem sinal das operadoras, fazendo com que não seja possível realizar ligações telefônicas.
Inicialmente, os bloqueadores estão sendo instalados nos presídios onde há presos líderes de facções criminosas e de alta periculosidade. "Este é um trabalho longo, que hoje inicia uma nova etapa. Os testes aqui em Presidente Venceslau resultam no aspecto positivo. Foi feito um trabalho junto à penitenciária P2, que é a primeira do Estado de São Paulo a ter o bloqueio de celular", detalhou o governador.
O investimento foi de R$ 31.241.694,86 para a contratação de uma empresa especializada. A Secretaria da Administração Penitenciária optou por não comprar os equipamentos devido ao custo com manutenção, evolução tecnológica e troca de equipamentos e, principalmente, pela condição de pagar apenas as conversões bloqueadas pela contratada. Todos esses serviços são de responsabilidade da Neger Tecnologia e Sistemas e estão previstos no contrato sem custo adicional para o Estado.
A contratação é de prestação de serviços de bloqueio, ou seja, a quantidade de equipamentos e tecnologia a serem usadas fica por conta do fornecedor, ele tem que entregar as áreas previamente demarcadas para bloqueio, sem o serviço das operadoras. O restante da penitenciária e regiões externas deverão ter os serviços das operadoras já existentes antes do início do serviço.
"Os testes feitos mostram que em nenhum ponto dentro da penitenciária se consegue comunicação. Foram feitos testes cela por cela e, ao mesmo tempo, fora da penitenciária, não causa problema", finalizou o governador.

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