Skaf: “este será mais um ano em que o Brasil crescerá menos que a média mundial”


Nesta sexta, 30/08, o IBGE divulgou o resultado do PIB do segundo trimestre de 2013: crescimento de 1,5% frente ao trimestre anterior. As estatísticas mensais tanto do IBGE quanto da própria FIESP antecipavam um trimestre forte, mas o valor divulgado foi acima das expectativas. O PIB da indústria geral cresceu 2% e o da transformação subiu 1,7%.
Além do crescimento do PIB do trimestre, o IBGE revisou para cima os dados dos três últimos trimestres, o que trará um efeito estatístico positivo para os números de fechamento do ano.
Apesar do crescimento do PIB no segundo trimestre, os indicadores já conhecidos mostram enfraquecimento da atividade econômica no terceiro trimestre. “Por exemplo, o INA de julho divulgado pela FIESP (29/8) teve retração de 1,6%. Além disso, no segundo semestre teremos o efeito negativo dos aumentos das taxas de juros que vêm sendo praticado pelo Bacen desde abril de 2013”, afirmou Paulo Skaf, presidente do Centro e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Para Skaf, o resultado do segundo semestre também ficará bem aquém do observado na primeira metade deste ano. Para o ano, a previsão da FIESP e do Ciesp é de PIB geral crescendo ao redor de 2,5% e a indústria 2%. “Ou seja, este será mais um ano em que o Brasil crescerá menos que a média mundial (3,1%) e muito menos que os países emergentes (5%). Se desejamos resultados diferentes, temos que fazer de forma diferente. O Brasil precisa de fato mudar sua política econômica para alcançar crescimento econômico que o país deseja e merece”, afirmou o presidente da FIESP e do CIESP.

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