Iniciativa visa difundir a prática do esporte e deverá beneficiar cerca de 15 mil pessoas
“É bem melhor do que assistir pela televisão. É uma oportunidade inesquecível, que vai trazer alegria pra muita gente.” Assim o aposentado Mário Souza, de 72 anos, resumiu a experiência de poder assistir ao vivo, e pela primeira vez na vida, um campeonato mundial de judô.
Junto da esposa, o morador da comunidade Vila Kennedy foi um dos contemplados pelo projeto Lotação Esgotada, realizado pelo Comitê Organizador do Mundial de Judô 2013 em parceria com o Governo do Estado. Só nesta quinta-feira (dia 29), a iniciativa levou cerca de 2 mil pessoas ao ginásio do Maracanãzinho – entre moradores de comunidades, integrantes de projetos sociais e estudantes da rede municipal de ensino – para torcer pelos atletas que disputam medalhas em um dos torneios mais importante para o judô, que acontece no Rio desde o dia 26 e termina no próximo domingo, dia 1º de setembro. Os beneficiados pelo projeto têm a chance de assistir às lutas gratuitamente, com direito a lanche e transporte.
Com o objetivo de difundir o esporte e incentivar sua prática entre jovens e crianças, o Lotação Esgotada está beneficiando novas plateias desde o primeiro dia do evento e deverá beneficiar cerca de 15 mil pessoas até o final da competição internacional.
- A ideia é disseminar a modalidade e tornar o campeonato acessível para moradores de comunidades, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, além de idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Queremos atender a essas pessoas, que de outra forma, não teriam condições de ir até o Maracanãzinho para assistir ao evento – afirmou Anne Boechat, coordenadora do Projeto Lotação Esgotada.
Moradora de Irajá, Maria Isabel Rodrigues, de 50 anos, também teve a chance de acompanhar o torneio graças à iniciativa. Cadeirante, Maria Isabel pratica natação na Vila Olímpica da Maré e destacou a importância do projeto para incentivar o surgimento de jovens atletas:
- É uma experiência que certamente vai estimular jovens e crianças a se interessar pelo judô. O esporte tem a capacidade de transformar radicalmente a vida das pessoas. Espero que futuros judocas possam surgir a partir dessa iniciativa – disse a nadadora, que também elogiou a acessibilidade do Maracanãzinho:
- O ginásio permite que cadeirantes se locomovam com facilidade através das rampas e também reserva um espaço especial para pessoas em cadeiras de rodas assistirem aos campeonatos. Fiquei satisfeita! - concluiu.
Já o pequeno Rafael Souza, de 10 anos, não escondia a alegria de poder acompanhar o torneio, uma vez que ele mesmo pratica judô:
- Eu luto judô há um ano e fiquei muito feliz com a chance de assistir ao campeonato Mundial. Sou muito fã do esporte - disse o jovem morador de Vila Kennedy.
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