overno e oposição voltam a trocar acusações sobre necessidade de CPI
Da Redação
                
                
                
                    
                    
                 
                 
            
        
        
            
As divergências políticas entre 
oposicionistas e parlamentares da base aliada ao governo ficou evidente 
na fase de debates da audiência pública com a presidente da Petrobras, 
Graça Foster, que já dura mais de cinco horas. A executiva presta 
esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a empresa, em especial a 
compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006.
Para a oposição, a presença da 
executiva no Parlamento não exclui a necessidade de uma comissão 
parlamentar de inquérito. Eles atacaram fortemente o que consideram 
corrupção, má gestão e a consequente perda de valor da companhia.
- Ao contrário do que disse a 
presidente Dilma Rousseff, aqui não se encontram aqueles que querem 
destruir a Petrobras, mas os que querem salvá-la. Os números são 
implacáveis: dívida elevada, valor reduzido de mercado e com acionistas 
minoritários invocando seus direitos. Nos últimos anos, houve loteamento
 de cargos, propina, superfaturamento e desvio de dinheiro público - 
afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Em defesa da estatal, o líder do 
governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), reforçou que a empresa é motivo de 
orgulho para os brasileiros. Para ele, os oposicionistas não vão conseguir atingir a Petrobras de "forma politiqueira".
- Claro 
que há erros no mundo dos negócios, mas a diferença é que a Petrobras é 
uma empresa sólida, que existe há muitos anos e haverá de existir por 
muitos outros, pois não há dúvidas sobre a transparência desta gestão - 
argumentou.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) rebateu negando
 que o episódio seja apenas um “joguete político” e indagando por que o 
Conselho de Administração da Petrobras – que tem como função examinar 
com zelo as ações da empresa – não observou cláusulas contratuais 
importantes na compra da refinaria de Pasadena. Ele questionou quem foi o
 responsável pela omissão e por que nenhuma providência foi tomada 
quando se tomou conhecimento.
Investigação
Graça 
Foster fez questão de ressaltar que a empresa tem colaborado com a 
Polícia Federal, Ministério Público e todos os órgãos de controle que 
analisam a atuação da companhia. Só ao TCU, foram 16 pedidos de 
informações atendidas desde 2012, informou. 
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ministra da Casa Civil do governo Dilma até fevereiro, endossou a defesa: 
- A
 Operação Lava-Jato está em curso ainda e estatal tem colaborado com PF.
 Isso mostra o quão investigada vem sendo a Petrobras. A Polícia Federal
 nunca teve tanta liberdade para atuar - acrescentou. 
Deflagrada em 17 de março, a operação investiga negócios
 feitos pela consultoria do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e
 empresas com contratos com a Petrobras. Paulo Roberto está preso, 
situação constrangedora, conforme admitiu Foster:
- Aconteceu
 um grande constrangimento para a Petrobras  com a prisão do ex-diretor 
Paulo Roberto. Mas todos os processos relacionados, os  contratos 
relacionados a eventual ou potencial participação dele estão sendo  
avaliados. Todas as interfaces estão sendo apuradas. E é o trabalho que 
nós  podemos fazer, um trabalho forte de monitoramento, de melhoria da 
governança da  companhia.
Mais informações a seguir
Agência Senado
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